terça-feira, 2 de junho de 2015

Esse banho diário de notícias ruins nos ajuda?


É impressionante o que estamos assistindo atualmente em matéria de notícias.

É tanto negativismo, tanto anúncios de apocalipses que se não nos controlarmos temos vontade de fugir.

Quando não são questões gravíssimas de segurança com crimes bárbaros aparece o noticiário econômico que nos causa verdadeiros calafrios.

Como pode o Brasil e toda sua população quebrar por completo em tão pouco tempo?

Sem querer parecer indiferente ou alienado, será que a manifestação de muitos analistas além dessa abordagem da mídia nacional (de norte a sul, de leste a oeste) vem representando contribuição para que se desenvolva um comportamento positivo, construtivo, sem ser sonhador no sentido de identificarmos caminhos que nos ajudem em reação a esse quadro tenso?

Será que sem sermos idealistas ou deixarmos de ser realistas como queiram, não somos capazes de identificar ações ou caminhos positivos que ajudem a encontrarmos saídas alternativas para esse momento que é delicado, mas que teremos todos de encontrar saída?

Sim é verdade que enfrentamos um momento muito delicado e convém levarmos em consideração que não chegamos a esse ponto por milagre da natureza.

Essa situação toda decorre tanto da situação da economia de outros países o que nos afeta como atitudes que adotamos aqui internamento, também, são causas de nossas dificuldades agora.

Mas, por favor, vamos considerar que mesmo com uma situação da nossa economia bem diferente do que vivemos ainda no inicio do primeiro governo Dilma, nosso País não vai fechar, nem acabar.

Os consumidores não vão desaparecer, mesmo com uma situação de liquidez diferente daquela época. Reconhecemos que esse fato tem relação com a inflação que se mantém resistente, juros altos, queda de oferta de crédito.   Mas podem crer os consumidores não vão desaparecer!

Sabemos que até então o governo adotou diversas medidas que criaram uma situação questionável (não sustentável) em nossa economia, efetuando artificialmente controle de preços, por exemplo.  E, agora toda à sociedade é apresentada o preço da festa.

Naturalmente isso significa consequências, que teremos de enfrentar com coragem, criatividade e com a sabedoria de que certas atitudes não podem ser repetidas.

Tudo isso é exposto de forma cruel à competência e de certo modo a irresponsabilidade de nossos governantes.

Assim, tem fatos que não vamos poder negar, ou deixar de considerar tais como:

-- Mesmo com menor poder de compra o consumidor não vai desaparecer;

-- Portanto, o mercado continuará existindo o que vai exigir de nós empresários mais competência e habilidade em sermos competitivos, afinal a disputa pelo consumidor vai sem dúvida aumentar;

-- As oportunidades de negócio, também, não vão desaparecer basta que estejamos atentos e com nossas empresas saudáveis para poder enfrentar esse período de turbulência.

-- Toda essa situação confirma uma afirmação que vimos fazendo ao longo do tempo – “nossas empresas tem de estarem saudáveis para poder enfrentar o jogo dos negócios/competição que não é fácil”, ainda mais se considerarmos a trapalhada que nossos governantes nos preparam; Aliás, nosso sistema legal, fiscal ou burocrático tem sempre penalizado a gestão de nossos negócios.

Assim, muito mais útil e construtivo do que acompanhar o banho diário de pessimismo que vimos assistindo na mídia nacional, além de manifestações que também não ajudam em nada feita por gestores públicos e nossos políticos não podemos perder de vista que em situações de crises ou dificuldades muitas oportunidades de negócios aparecem.

Assim, não vamos nos concentrar no banho diário de pessimismo que nos é proporcionado pela nossa mídia.

Estejamos, portanto, com o foco centrado em busca e identificação de alternativas para o desenvolvimento de nossas empresas.

Porto Alegre, 2 de junho de 2015.
José Luiz Amaral Machado, economista
Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria