domingo, 6 de novembro de 2011

A saúde e o desenvolvimento da empresa.

Como economista e consultor em gestão da empresa Gerencial Auditoria e Consultoria de Porto Alegre (RS), estamos no mercado de consultoria empresarial há um bom tempo.

Vários são os projetos que já nos envolvemos, temos uma intensa história de apoio ao “Desenvolvimento Empresarial”.   Vários de nossos clientes são verdadeiros casos de sucesso empresarial.

Modestamente de alguma forma fizemos parte dessa história, o que nos faz sentir orgulho de ter contribuído para que com esse sucesso tenhamos gerado um ambiente econômico social mais saudável e proporcionando de alguma forma retorno à sociedade.

Essa constatação, de que as empresas estão evoluindo de forma mais eficiente, pode ser ilustrada pelo resultado da pesquisa SEBRAE divulgada há poucos dias baseada em dados de 2006 constatando que a longevidade das Pequenas e Médias Empresas, isto é, as que conseguiram ultrapassar aos dois primeiro anos de vida evoluíram de 4,3 (em 2044) para 7,3 em cada 10 empresas novas implantadas.  

Significando isso um uso mais intenso do profissionalismo na gestão das mesmas.

Por outro lado, as estatísticas da Junta Comercial do Estado do RS mostram que no período de janeiro a setembro de 2011 foram registradas 60.930 novas empresas contra 56.244 em igual período de 2010. Um crescimento, portanto, de 8,3%, o que mostra a forte tendência da ampliação do empreendedorismo entre nós.

Mas, convém ainda alertar que continuamos constatamos empresas que tomam decisões importantes sem a utilização de instrumentos profissionais de apoio à sua decisão.  Ou seja, decidem e até mesmo finalizam processos de investimentos sem terem procedido de estudos técnicos que devem anteceder tais decisões para o bem da própria empresa e seus investidores.

Por exemplo, nesses casos é imprescindível que o empresário tenha a consciência da necessidade do desenvolvimento de planos de negócios, projeto de viabilidade econômico-financeira, estudos de mercado, análise da localização, planejamento tributário, entre outros, instrumentos esses que evitam situações graves para a empresa e que podem até colocar em risco sua sobrevivência.

Lamentamos que ainda hoje a despeito dos indicadores citados no inicio, assistimos comportamentos exatamente contrários ao que estamos comentando.  E, isso sem dúvida acaba causando uma enorme situação de risco à sobrevivência da empresa.

Voltamos a insistir que todo o “plano de investimento” envolvendo ampliação, modernização, pesquisa, lançamento de produtos e até relocalização de empresas devem ser apoiados por estudos técnicos adequados entre eles o projeto de viabilidade econômico-financeiro e, isso vai representar uma elevação de segurança na decisão dos empresários.



Nesses estudos analisamos o tamanho adequado do empreendimento levando em consideração estudos de mercado, atratividade da rentabilidade, a capacidade financeira da empresa,  qualidade de seu RH,  capacidade gerencial dos empresários, entre outros.

Ora, se nós “pessoas físicas” para iniciarmos um programa de atividade física somos levados ao médico para verificarmos que tipo de atividade é a adequada para nos submeter, como uma empresa vai se lançar em um projeto de investimento significativo sem ter detalhadamente estudado o plano, suas necessidades, suas limitações, recursos exigidos, fontes adequadas de recursos entre outros.

Se o caminho na empresa for esse, não preceder a decisão de entrar em um programa de investimento, podemos estimar que a possibilidade de enfrentar turbulência com alto risco de insucesso é imensa.

Assim, mais uma vez estamos reforçando que as decisões das empresas nesse sentido merecem um exame técnico antes de serem definidas e com isso estaremos protegendo a saúde tanto da empresa quanto de seus investidores.

Porto Alegre, 6 de novembro de 2011.

Econ. José Luiz Amaral Machado


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mais um erro agora no IPI dos importados

O caso ocorrido com o IPI dos carros importados em função da decisão do STF que determinou que a majoração da alíquota só poderá entrar em 15 de dezembro vindouro, é mais um exemplo de como são as decisões em Brasília.

Primeiro de toma a decisão e depois vamos ver o que irá resultar ou como efetivamente o “mundo real” vai se adaptar.

Assim é fácil, agora quem já foi prejudicado no caso do IPI com alíquota maior terá de recorrer à Receita Federal e entrar na fila dos “processos administrativos” e esperar a decisão sobre sua restituição do valor pago a maior.  Será rápido? Será simples?

Isso o contribuinte terá de esperar para ver...

Na verdade, a vida do contribuinte não tem sido fácil no Brasil, basta ter de ir à Receita Federal para resolver alguma questão pessoal ou de uma empresa que verificará a dura realidade da “burocracia” brasileira.  Agendamentos antecipados, demora no atendimento, pessoal com preparo questionável no atendimento, etc.

Imaginem o que é ser empresário/contribuinte nesse ambiente em que as decisões são tomadas e que por vezes o próprio STF as questiona.  Mesmo assim, o brasileiro é otimista e segue tocando sua vida e sendo um empreendedor e nesse sentido basta vermos a evolução registrada nos primeiros nove meses de 2011 no RS onde foram criadas 60.930 novas empresas ou 8,3% superior ao mesmo período de 2010.

O Estado do RS tem dado apoio aos Centros de Pesquisa e Inovação e isso tem resultado em respostas diretas e objetivas por parte dos empreendedores, pois conforme o que está na mídia de hoje o TECNOPC (Parque Científico e Tecnológico da PUCRS) conta com 63 empresas e gera 4,6 mil empregos diretos; o TECNOSINOS (Parque Tecnológico de São Leopoldo) conta hoje com 73 empresas e gera 3,5 mil empregos e o VALETEC (Parque Tecnológico Vale dos Sinos) conta 21 empresas instaladas e outras 63 associadas gerando 4,9 mil empregos diretos.  É visível que basta o Estado (no sentido amplo da palavra) não atrapalhar e apoiar com instrumentos adequados e em harmonia com o que vem acontecendo na economia internacional que temos respostas e soluções que em última análise a sociedade é que será a beneficiada.

Basta não tomar decisões e promover trapalhadas....

Econ. José Luiz Amaral Machado

sábado, 22 de outubro de 2011

A despeito do hostil ambiente no mundo dos negócios continuamos mostrando nosso potencial empreendendor.

É impressionante o potencial e a vocação empreendedora da nossa gente.

A despeito de todo o ambiente rigoroso que o empreendedor enfrenta tanto pelos juros que é obrigado a enfrentar, como pela carga tributária que se aproxima dos 36% do PIB (Produto Interno Bruto) além da burocracia fiscal e tributária que enfrentamos como empresários.

Há alguns dias o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) divulgou que, em média, cada empresa no Brasil tem de respeitar 294.124 normas tributárias.  E, o não atendimento disso representa a imposição de pesadas multas se a empresa não atender.

Na mesma matéria (CP edição de 2 de outubro) é destacado que em 1988 o número de normas tributárias eram 29.713, veja o que vem ocorrendo com a ânsia de arrecadação.

E, continuamos assistindo essa forte tendência agora está noticiada na mídia de hoje que conforme normas baixadas pela Receita Estadual segundo Álvaro Pinto, diretor da Controller Inventários, a partir de janeiro próximo o varejo e a indústria terão de informar seus estoques mensalmente. Assim, mais um peso na burocracia para o empreendedor.

A partir disso o que gostaríamos de destacar é que o País necessita é melhorar a qualidade de uso que faz dos recursos oriundos da arrecadação e não continuar cercando cada vez mais o contribuinte. 

A mesma noticia da mídia de hoje destaca que desde 1988, data da promulgação da nova Constituição foram editadas 275.094 normas tributárias, ou seja, 1,3 por hora.

Por outro lado ficamos impressionados e ao mesmo tempo entusiasmados com o que constatamos examinando a estatística da JUCERGS (Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul), onde é possível verificar que os gaúchos abriram no período de janeiro a setembro deste ano 60.930 novos empreendimentos contra 56.244 no mesmo período de 2010, portanto, um cresciment5o de 8,33%.





Considerando que a JUCERGS tem representado nos últimos anos o registro de cerca de 10% do movimento de empresas no País significa estimar que esse tem sido um fenômeno nacional.

Isso quer dizer que mesmo com todo o ambiente que é extremamente hostil verificamos a forte tendência de empreender do nosso povo.

Por outro lado, visto sob o ponto de vista nacional nos chama a atenção o resultado da pesquisa publicada pelo SEBRAE onde é identificado que o “índice de micro e pequenas empresas (MPEs) mostra que dilatou sensivelmente o período de sobrevivência das novas empresas, passando para 73,1% em 2006 enquanto em 2004 esse mesmo indicador mostrava uma sobrevivência após dois anos de somente 46,2%.  Isso mostra que além de ter uma forte inclinação empreendedora o “brasileiro de negócio” está rapidamente se profissionalizando a despeito do alto custo dos financiamentos e, de toda a dificuldade da burocracia oficial e tributária.

Esse patrimônio na nossa maneira de pensar deveria ser vista com mais carinho pelos governantes e facilitar a vida do empreendedor, pois e a partir desse comportamento que se inicia o processo de mais empregos, mais renda e conseqüentemente mais arrecadação, culminando naturalmente com benefício à sociedade.

Porto Alegre, 22 de outubro de 2011.

Econ. José Luiz Amaral Machado

sábado, 1 de outubro de 2011

Até onde será possível esticar a corda?

Até onde é possivel esticar a corda?

Estamos assistindo em todo o País uma enorme pressão do funcionalismo por reajustes salariais.

Os governos tanto o federal quando os estaduais fazem enorme ginástica para tentar adequar o atendimento das revindicações às suas situações financeiras as quais sabemos já estão em estado de saúde abalada.

Por outro lado, assistimos na mídia notícia de que o BC ajusta suas projeções relativas ao nível de crescimento do PIB para 3,5% e ainda aponta um provável comportamento da inflação agora em 2011 recrudescido situando-se em torno de 6,5%.

Dentro desse quadro nos preocupa assistir que o governo tem mostrado uma tendência mais forte de buscar aumento de receita (via até novos tributos) quando poderia trabalhar na qualidade de seus gastos.

Ora, o contribuinte brasileiro (empresas e famílias) já está no limite de sua capacidade contributiva e ficamos chocados com o que assistimos nos úlltimos dias.

O funcionalistmo “com garantia de emprego” não quer saber de onde sai o recurso, pressiona fortemente as entidades públicas, mesmo que isso represente enorme prejuizo à sociedade.  E, o governo a titulo de proteção do emprego e da indústria nacional aumenta tributos como foi o caso do IPI.

Lembro com preocupação do “sistema de proteção da indústria nacional” que nos fez conviver por um grande tempo com produtos de enorme defasagem tecnológica, fato esse só quebrado com a chegada o governo Collor.

A pergunda que se faz é: o que a indústria automobilistica nacional durante todo esse tempo fez para oferecer produtos tecnológicamente competitivos?

Por que o consumidor tem sempre de pagar a conta?

Como vai agora o governo enfrentar a enorme pressão por mais salários por parte de seu funcionalismo sendo que a “vaca já quase não suporta mais dar leite”?

Ou as autoridades acham que se podem indefinidamente tributar mais e mais?

José Luiz Amaral Machado

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Proteção da indústria nacional e do emprego, uma verdade?

Nos últmos dias assistimos a divulgação de política econômica que nos deixam reflexivos para não usar outra expressão.

Por exemplo, a medida adotada pelo Governo Federal relativo à “Proteção à Indústria Nacional” através da majoração da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os veículos importados, nos faz no mínimo ficar questionando...

De forma geral como foi divulgado nos últimos dias esses bens terão seu IPI que atualmente situam-se entre 7 a 25% para 37 a 55%, isso para veículos com índices de nacionalização inferiores a 65%.

Exceção feita para os produtos com origem no MERCOSUL incluíndo ai o México (por acordo bilateral).

Ora, vejamos o efeito dessa posição: Com o intuito de proteção da indústria nacional e consequentemente o emprego no País estamos flagrantemente criando uma barreira ao interesse do consumidor brasileiro, pois os produtos objeto dessa medida ficarão mais caros.

Por outro lado, identifca-se que continuarão importando, as indústrias aqui instaladas como, por exemplo, a VW e a Fiat as quais tem unidades industriais na Argentina. Ora onde está então o interesse de defesa do emprego no País?

Não seria então o caso de revisarmos a politica de apoio a indústria nacional e ao emprego através da redução de impostos? (hoje perto de 38% do PIB).  Claro que esse é um desafio quase impossível dado a necessidade crescente de caixa do governo a quem não cansamos de questionar quanto à gestão que pratica desses recursos no interesse da sociedade.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Porto Alegre, 20 de setembro de 2011.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A atual crise mundial e a empresa....

Duas matérias jornalisticas nos chamam a atenção.

O JC de Porto Alegre publica em 15 do corrente no caderno de logística noticia de que a TAM deve rever sua politica de expansão da frota quando prevê que vai findar o ano de 2012 com nenos aviões do que o previsto.

Serão 159 aeronaves, em vez de 163.  Mesmo acreditando no potencial da economia brasileira afirma a empresa que o ritimo de crescimento será menor e por isso adota uma política mais cautelosa.

Por outro lando o mesmo JC na coluna do jornalista Danilo Ucha é informado à posição do colega economista Igor Morais, economista-chefe da FIERGS (Federação das Indústrias do RS) que tem afirmado com insistência a partir de suas observações que “o mundo vai crescer menos”, alertando inclusive que esse ritimo mais lento será de duração mais longa.

Ora essas matérias reforçam nossa posição no sentido de que as empresas devem adotar uma politica de gestão mais cautelosas dando ênfase a liquidez de suas operações e observando com cuidado sua saúde econômica e financeira.

Gestão com um forte toque de profissionalismo ajuda nesse sentido.

Porto Alegre, 15 de setembro de 2011.

Econ. José Luiz Amaral Machado.

As incoerências da politica empresarial no Brasil

Desde ontem acompanhamos o noticiario na mídia nacional sobre medida de proteção a indústria nacional.

Hoje especificamente no jornal ZH na seção de economia é publicado a noticia sobre as providências de “Proteção à Indutria Nacional” e isso esta traduzido em um progrma que vai aumentar o IPI dos carros importados.

Mesmo sabendo das repercussões para empresa que está instalada no País quando falamos de importação, não podemos deixar de alertar sobre o pejuízo que essa medida vai causar ao consumidor.

Agora, a incoerência: No mesmo jornal de hoje a ZH na seção “informe econômico escrito por Maria Isabel Hammes consta uma noticia sobre a o “inoportuno” e “inadequado” programa que está sendo levado adiante pela APEX Brasil – Agência Brasileira de Promoção à Exportação e Investimentos que segundo empresários está sendo considerada uma brincadeira de mau gosto! 

O que é o programa que esta levando adiante a APEX Brasil – Esta agência vai desenvolver um evento no próximo dia 29 em Novo Hamburgo (RS), onde dará êngase as vantagens fiscais e cambiais da República Dominicana, país da América Central que está oferecendo benefícios a empresas brasileiras para transferirem suas unidades industriais para lá.

Com uma mão o Governo penaliza o consumidor aumentando o IPI nem se pensa em redução de carga tributária e assim dar mais competitividade às nossas empresas e, por outro um de seus órgãos está promovendo programas no sentido de trazer informações para que empresas brasileiras saiam do País.

Que política empresarial é essa?  É assim que vamos ajudar ao desenvolvimento e o ambiente empresarial?

15 de setembro de 2011.

Econ. José Luiz Amaral Machado

Teste 2

teste operacional 2

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira

Entre os economistas de mercado aqui no RS temos discutido muito esse assunto em função de que essa atividade é competência destes profissionais.

Entretanto, o foco da discussão tem sido que os agentes financeiros na maioria dos casos não solicitam ou aceitam Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira feitos por profissonais de outras áreas.

Bom, sobre o assunto, cabe em primeiro lugar destacar que um empreendimento empresárial é uma decisão do empresário e, assim o mesmo tem liberdade de usar ou escolher suas fontes de subsídios e informação para a sua tomada de decisão.  Entretanto, queremos reforçar aqui que o “economista” tem a formação e um excelente ferramental de análise para o apoio ao empresário nesses casos.

Quanto aos agentes financeiros não exigirem esse tipo de exame para concederem financiamento a um empreendimento cabe destacarmos que os mesmo têm a visão estritamento do “banqueiro” que visa em primeiro plano o exame da capacidade de pagamento seguida de análise das garantias ao crédito que o empresário está recebendo e, ficamos por ai.  O que acontecerá depois e outra história.

Entretanto, como economista que atua em consultoria de negócios, quero chamar a atenção do empresário e das empresas que o “Estudo de Viabilidade Econômico e Financeira” é antes de tudo um “exame preventivo”, ou seja, um instrumento que antecipa os riscos, as condições e as chances de êxito do projeto proposto.  Isto quer dizer que esse tipo de estudo interessa na verdade muito mais ao empresário no sentido de dar segurança à sua decisão do que ao agente financeiro.   A operação de crédito vem como decorrência de um bom projeto apresentado pelo empresário.

Assim, quero reforçar aos colegas que na verdade devemos redobrar nossos esforços no sentido de fazer os empresários entenderem o real valor dessa ferramento de apoio à decisão.

Porto Alegre, 15 de setembro de 2011.

Econ.José Luiz Amaral Machado