sábado, 16 de setembro de 2017

Existe sim notícias e fatos bons que nos proporcionam esperança!

Temos consciência que enfrentamos ainda um panorama político muito complicado.

Não temos assistido sinais de melhora nesse quadro.  Ao contrário, estamos há quase um ano das eleições de 2018 e parece que a situação tem ficado mais tensa e mais confusa.

O que temos assistidos é que o Congresso que deveria estar trabalhando em encaminhar as reformas que o País tanto necessita como a da Previdência, por exemplo, não estamos vendo progresso.

Nossos políticos estão hoje envolvidos com os conflitos decorrentes de denúncias de corrupção, de interesse em ver a melhor posição para se reeleger e aí por diante.

Mas no “mundo real” temos assistido fatos que nos deixam com esperanças de ventos melhores ou, pelo menos, indicam que estamos na economia tomando um rumo diferente da enorme confusão que verificada no meio político.

Já em julho último assistimos uma queda na taxa de desemprego segundo os dados da Pnad Contínua divulgada pelo IBGE quando foi ressaltado que é possível perceber a continuidade do processo de ajuste do mercado de trabalho.

Outro dado importante foi o divulgado pela CNI quando percebeu que a confiança do consumidor reagiu reforçando a expectativa da estabilização da economia. Destacam que após de três meses de queda, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor avançou entre julho e agosto, alcançando 101,6 pontos.

Nesse mesmo sentido a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) aumentou em agosto 1 ponto percentual perante julho alcançando 81,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015.

O Banco Central observando a trajetória da inflação com queda e estabilização e até de um pequeno recuo ainda, situando-se para esse ano no patamar de aproximadamente 3%a.a. vem reduzindo os juros da economia que hoje já situa a SELIC (taxa básica de juros) a qual serve de referência para a economia, está hoje em 8,25% a.a. E o mercado vem falando em juros abaixo de 7% ao ano ainda para 2017.

Temos assistido também, um aumento do consumo das famílias que contaram com apoio da liberação das contas do FGTS.

Outro ponto que temos de salientar para somarmos ao conjunto de fatores mencionados acima é que está sendo considerado a “reforma trabalhista” que sem dúvida trará a partir de sua entrada em vigência, em novembro próximo, uma maior confiança e segurança jurídica nas relações entre empregados e empresas, tudo isso vem gerando um ambiente positivo.

Vamos adiante na observação de fatos que representam pontos positivos no atual momento da economia.  Segundo pesquisa do SPC Brasil e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) o número de devedores caiu 0,41% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. E constatam que esse foi o sexto mês consecutivo que há retração no volume de inadimplentes.  Essa é uma ótima notícia!

Agora mais uma boa notícia.  O setor de transporte aéreo doméstico registrou uma alta de 3,6% em julho e, ainda, traz a informação que foi a quinta elevação consecutiva do indicador, segundo informações da Anac.

No acumulado informa a Anac que o setor registrou um crescimento de 1,1% em comparação com o mesmo período do ano passado
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Agora vamos tomar a nossa região, o Rio Grande do Sul.

Tivemos uma ótima notícia quando a General Motors informa que retomou o terceiro turno em Gravataí (RS). Com a iniciativa, serão abertos 700 empregos diretos e a perspectivas é que mais de 1 mil postos de trabalho a serem criados pelas empresas sistemistas que atendem a montadora. Além disso no mês de agosto a GM divulgou um aporte de R$ 1,4 bilhão  na fábrica gaúcha para introduzir um novo modelo de veículo e desenvolver novas tecnologias e conceito de manufatura.

E, mais uma boa noticia ainda, O Rio Grande do Sul viu o PIB do Estado crescer 2,5% no 2º trimestre deste ano.  Isso foi puxado pela agropecuária que teve papel relevante nesse fato.

Dado ao contexto que enfrentamos desde 2014 e com mais expressão a partir de 2015 essa é uma grande notícia cuja origem é a FEE (Fundação de Economia e Estatística do RS).

Já em outras oportunidades registramos nossa observação de como o brasileiro é empreendedor.

Temos acompanhado o movimento das Startups e a dinâmica que esse tipo de empresas tem nos mostrado, é digno de observação e entusiasmo em relação ao futuro empresarial. Veja, de acordo com dados levantados pela ABS (Associação Brasileia de Startups), até o final de 2015, o número de empresas em desenvolvimento chegava a 4.151, contabilizando crescimento de 18,6% num período de seis meses. E esse fenômeno ocorre em várias regiões do País com a participação das Universidades e seus centros tecnológicos.

Mesmo considerando a complexidade de implantação de uma empresa de alta tecnologia muitas tem demonstrado um amadurecimento promissor.

Naturalmente temos alguns setores da economia que terão sua reação em um tempo um pouco mais adiante, mas com certeza a partir desses fatos que mencionamos antes eles virão.

Isso tudo está acontecendo no sentido inverso do que estamos assistindo com o nosso setor público no qual constatamos só problemas e dificuldades e não o atendimento em nível adequado ao cidadão. Só vemos máquina pesada, lenta, burocrática um peso para quem quer empreender.

Mas sem querer ser alienado dos nossos graves problemas no País, principalmente no ambiente político envolvendo várias denúncias de fatos graves, o “mundo real” parece que se deu conta que não podemos ficar esperando que nossos congressistas resolvam os problemas que são “de seu interesse”.

O “mundo real” se deu conta necessita tocar a vida e, naturalmente estamos de olho nas próximas eleições lá será a hora do acerto de contas com muitos dos atuais atores da nossa política.

Resolvemos destacar os fatos acima em função de que a mídia de maneira geral nos dá diariamente um banho de notícias graves, desanimadoras e, pouca ênfase transmite do que vem ocorrendo em paralelo ao “mundo dos problemas”.

Assim, registro minha fé e esperança que temos sim um bom e promissor horizonte a frente.

Porto Alegre, 15 de setembro de 2015.

José Luiz Amaral Machado
Economista da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre/RS