A convivência com empresas de pequeno e médio porte, ao
longo de 35 anos, nos chama a atenção para certas instituições que têm
dificuldades em apresentarem-se ao mercado e assim restringem-se a possíveis
oportunidades de negócios.
Mas com base em quê fazemos essa observação?
Em muitos casos, verificamos, por exemplo, que mesmo vivendo
em um momento mais tenso de nossa economia, estas oportunidades não desperecem.
O que se vê, é que uma boa parte das empresas não se
apresenta de forma eficiente, simplesmente por não conseguir gerar
transparência em seu desempenho e potencial.
Isso, sem dúvida, torna o horizonte mais limitado para elas,
tanto nos negócios como em observar e desfrutar novas chances.
Na atualidade, é comum que empresas despertem a atenção de
potenciais investidores e, por revelarem-se limitadas e despreparadas, perdem
possíveis brechas para um processo de aproximação e/ou negociação.
Convém destacar que o interesse de negócios entre empresas,
investidores ou mesmo instituições de investimentos não desaparecem, existem
sim, e estão aí para quem está preparado para o jogo.
Cabe aos empresários perceberem que é de suma importância, a
partir desse momento, desenvolver em suas organizações sistemas de gestão que
proporcione transparência, confiança e acima de tudo mostre o desempenho e o
verdadeiro potencial do negócio.
Com isso, quem sai ganhando é a própria empresa, pois estará
operando com um modelo instrumental de gestão que lhe permitirá avaliar com
precisão a eficiência de sua operação, do planejamento, da saúde do negócio e
acabará gerando, sem dúvida, maiores resultados, como consequência da
administração mais eficaz.
Além disso, será muito mais fácil aproximar a
empresa do mercado (clientes e fornecedores) como de potenciais investidores,
que hoje são uma realidade.
Sendo assim, é válido destacar a importância de um adequado
sistema de gestão, como: um bom sistema de planejamento de metas e seu
acompanhamento; um bom conhecimento do mercado e segmento; um sistema contábil,
acompanhado de um bom serviço de análise e simulações, visando apoiar decisões;
um adequado planejamento tributário; um sistema de estudo e análise da formação
de preço; acompanhamento e análise da Margem de Contribuição e do Faturamento
de Equilíbrio; um constante estudo e análise do desempenho das unidades ou
linhas de produtos ou negócios; emitir as demonstrações financeiras anuais no
padrão técnico atual, pois com elas teremos um adequado instrumento de como está
a empresa e sua condição; estudar como vem sendo o comportamento do EBITDA, que
é um indicador de avaliação da empresa, ou outro indicador de avaliação
econômica do negócio.
Os instrumentos de gestão acima, principalmente pela
natureza e seu alcance geram, sem dúvida, a condição de vermos a empresa com a preocupação
com real eficiência econômica, mostrando com transparência os benefícios aos
acionistas e à comunidade.
Portanto, somos da opinião que quanto maior a atenção uma
empresa dedicar a sua gestão, aos seus instrumentos de planejamento, avaliação
e controle, melhor será sua comunicação com o mercado e com oportunidades, gerando
assim, resultados financeiros mais positivos aos seus sócios.
Porto Alegre,
novembro de 2015.
Texto de José Luiz Amaral Machado (*)
(*) Economista,
fundador e diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria de Porto Alegre (RS).
www.gerenciaconsultoria.com.br