sábado, 14 de abril de 2012

Os Juros são só o inicio de uma série de medidas necessárias...

Aplaudida por empresários, Dilma diz que juro alto é entrave ao crescimento!
A Presidente deixou claro que deseja ver as instituições privadas seguirem os bancos oficiais e derrubarem o que o jargão econômico convencionou chamar de spread
Fonte: Célia Froufe, Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, da Agência Estado,
BRASÍLIA, em 13 de abril de 2012 | 22h 00.
Embora seja uma das medidas necessárias para acelerar o desenvolvimento econômico e apoiar o setor empresarial no Brasil, sejamos conscientes é sabido que necessitamos muito mais inclusive iniciativas vindas do próprio governo.
Mesmo que uma destacada plateia reunida no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esses mesmos empresários não podem deixar de reconhecer que o sistema produtivo no Brasil tem necessidades que vai muito, além disso.
Vejamos:
A situação tributária que chega a se aproximar de 40% do PIB;
A burocracia de legalização de empresas bem como a complexa situação exigida pela necessidade de manter-se em dia com as inesgotáveis regras e exigências fiscais;
A defasagem de nossa infraestrutura que sem dúvida compromete e muito a competitividade de nossas empresas;
As arcaicas regras de regulação na relação entre trabalho e capital, o que também faz com que atualmente isso comprometa severamente um ambiente mais favorável ao crescimento do emprego no Brasil além de também atingir o poder de competição de nossas empresas.
Então, vamos com calma o trabalho que se inicia agora nos “bancos oficiais” que ainda na verdade não chegou à ponta é um dos passos como dever de casa que temos de dar na busca incessante da nossa sociedade no sentido de alcançarmos um ambiente econômico e social melhor para nós e para os nossos.
Econ. José Luiz Amaral Machado. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

“O brasileiro a despeito das dificuldades é um empreendedor – abordagem II”

Em 11 de março último fizemos uma abordagem sobre a potencialidade que bem mostrando o brasileiro em ser empreender.

Pois bem, ao ler a revista Exame (edição do dia 21 de março) ficamos extremamente felizes ao encontrar lá a publicação de uma matéria de autoria dos jornalistas “Mariana Segala e André Faust” quando produziram material com o título “Um País de Empreendedores”.

Em síntese destacamos alguns pontos que são verdadeiras preciosidades e que ratificam noticias e estudos que vimos comentando e divulgando ultimamente.

Vejamos alguns indicadores por assim dizer:

·        A década da livre iniciativa – Nos últimos dez anos, abrir empresa se tornou uma realidade para milhões de brasileiros – o que colocou o país entre as nações com maior índice de empreendedorismo do mundo.

·        Entre 2000 e 2010, o total de empresas no Brasil aumentou 2 milhões, o equivalente ao total de companhias da Austrália (dados esses segundos os estabelecimentos declarantes da Rais, excluindo setores de agropecuária, administração, serviços públicos e educação e saúde em que a maioria dos estabelecimentos é pública).

·        O Brasil é um dos países que mais abrem empresas por ano (Dados de 2009 e considera apenas as sociedades limitadas). Sendo que só no RS segundo estatísticas da Junta Comercial considerando os diversos tipos jurídicos as novas empresas registradas chegam a cerca de 80.000.

·        Segundo as pesquisas do Sebrae o percentual delas que conseguem completar dois anos passou de 50% no início da década para mais de 70% atualmente, enquanto que na Alemanha essa situação em torno de 63% e nos Estados Unidos chega a 61%.

·        Na matéria da revista Exame constam informações que nos deixa entusiasmado quando informa que no Brasil, a quantidade de empreendedores iniciantes, aqueles à frente de empresas com até 3 anos e meio de existência, cresceu 28% desde 2002. (A informação toma por base o tratamento numérico feito pelo IBGE quando estuda a estratificação da idade da população e sua ocupação).

·        No passado, a maior parte dos empreendedores iniciantes do país era formada por gente que abria um negócio porque não tinha outra opção. Hoje, a maioria é composta de pessoas que veem uma oportunidade e decidem empreender. (base em informações do IBGE).

·        Outra constatação muito importante é que a escolaridade dos empreendedores iniciantes também aumentou, sendo que 65% dos universitários brasileiros dizem querer abrir o próprio negócio no futuro. . (base em informações do IBGE).

Esse cenário mais uma vez nos leva a destacar a conveniência de as políticas públicas levem em consideração esse quadro muito bem sintetizado acima que acrescido ao potencial do nosso mercado interno com certeza podem gerar um enorme impulso de desenvolvimento do nosso Brasil e consequentemente da nossa sociedade.

Mesmo sendo boas as notícias nosso ambiente empreendedor merece mais!

Mesmo sendo um movimento de estímulo à economia, o Brasil e sua sociedade merecem muito mais!

Primeiro será que é só a indústria que enfrenta no momento dificuldade com a competitividade...

Mesmo que a desoneração da folha de pagamento, que deve chegar a R$ 7,2 bilhões ao ano, atinge só 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o que mostra que as medidas afetam uma parte muito pequena da economia nacional.

Ainda assim estamos decepcionados. Esperávamos que o governo fosse combater o problema com regras mais claras e resultados mais contundentes. As medidas são voltadas para apenas alguns setores e não vão ter um resultado linear em toda a cadeira produtiva,

Queremos aqui voltar a destacar a forte tendência que vêm mostrando o brasileiro em ser empreendedor.  Já abordamos esse assunto (blog: “Economia & Gestão” - http://machadojla.blogspot.com.br/).  Nesse sentido a revista Exame na edição do dia 21 último de forma muito ilustrativa mostra esse fenômeno no Brasil (o potencial empreendedor do brasileiro).  Com uma matéria cujo título é “Um País de empreendedores” e, vai ainda adiante mostrando com inúmeras informações mostrando que estamos vivendo a “década da livre iniciativa”.

São impressionantes os números que apresentados relativos à abertura de empresas no Brasil, sendo que no momento estamos apenas perdendo para os Estados Unidos e Reino Unido.

E, vejam nosso País tem alcançado o excelente desempenho em número de empresas que ultrapassam os dois primeiros anos de vida saindo de 50% no início da década para mais de 70% nos dias de hoje.

Isso tudo a despeito de toda a hostilidade do ambiente burocrático e tributário do nosso País. 

Saliente-se que mesmo assim só em nosso RS no último ano foram registradas mais de 70.000 empresas.

Ora se o setor empresarial é uma excelente fonte de geração de empregos, distribuidor de renda e ainda gerador tanto de riquezas quanto de impostos tenho a certeza que se o governo agisse com mais abrangência no sentido de apoio ao setor empreendedor teríamos sim resultados excelentes tanto para a nossa sociedade como para nosso País.

Econ. José Luiz Amaral Machado

Porto Alegre, 4 de abril de 2012.