O caso ocorrido com o IPI dos carros importados em função da decisão do STF que determinou que a majoração da alíquota só poderá entrar em 15 de dezembro vindouro, é mais um exemplo de como são as decisões em Brasília.
Primeiro de toma a decisão e depois vamos ver o que irá resultar ou como efetivamente o “mundo real” vai se adaptar.
Assim é fácil, agora quem já foi prejudicado no caso do IPI com alíquota maior terá de recorrer à Receita Federal e entrar na fila dos “processos administrativos” e esperar a decisão sobre sua restituição do valor pago a maior. Será rápido? Será simples?
Isso o contribuinte terá de esperar para ver...
Na verdade, a vida do contribuinte não tem sido fácil no Brasil, basta ter de ir à Receita Federal para resolver alguma questão pessoal ou de uma empresa que verificará a dura realidade da “burocracia” brasileira. Agendamentos antecipados, demora no atendimento, pessoal com preparo questionável no atendimento, etc.
Imaginem o que é ser empresário/contribuinte nesse ambiente em que as decisões são tomadas e que por vezes o próprio STF as questiona. Mesmo assim, o brasileiro é otimista e segue tocando sua vida e sendo um empreendedor e nesse sentido basta vermos a evolução registrada nos primeiros nove meses de 2011 no RS onde foram criadas 60.930 novas empresas ou 8,3% superior ao mesmo período de 2010.
O Estado do RS tem dado apoio aos Centros de Pesquisa e Inovação e isso tem resultado em respostas diretas e objetivas por parte dos empreendedores, pois conforme o que está na mídia de hoje o TECNOPC (Parque Científico e Tecnológico da PUCRS) conta com 63 empresas e gera 4,6 mil empregos diretos; o TECNOSINOS (Parque Tecnológico de São Leopoldo) conta hoje com 73 empresas e gera 3,5 mil empregos e o VALETEC (Parque Tecnológico Vale dos Sinos) conta 21 empresas instaladas e outras 63 associadas gerando 4,9 mil empregos diretos. É visível que basta o Estado (no sentido amplo da palavra) não atrapalhar e apoiar com instrumentos adequados e em harmonia com o que vem acontecendo na economia internacional que temos respostas e soluções que em última análise a sociedade é que será a beneficiada.
Basta não tomar decisões e promover trapalhadas....
Econ. José Luiz Amaral Machado