Nas leituras de final de
semana encontro matérias que podem ser consideradas um verdadeiro retrato do
nosso momento atual.
E, observe que os autores
são outros brasileiros ilustres.
Vamos de forma inicial
destacando a análise feita pela nossa famosa escritora Lya Luft (Veja de
12/03/14).
Ela vem abordando a nossa
“nova” classe média.
E destaca o dado publicado
em nossas estatística nacionais onde foi classificado classe média quem ganha
de quem ganha de R$ 320,01 a R$ 1.120,00.
E, destaca que nem ela que é uma eximia ficcionista há tantas décadas,
conseguiria inventar.
E continua seu texto
excelente destacando que quem ganha R$ 320,00 é praticamente miserável e
precisa ser socorrido urgentemente em todos os programas, benefícios, bondades
e bônus que o governo possa conceder.
Concordo com a Lya
Luft. Mas afinal nosso salario mínimo
não é R$ 724,00?
Que invenção é essa? Será para aparecer lá fora e dizer que no
Brasil a miséria foi erradicada que a classe média foi extremamente ampliada?
E, mais coloca com
propriedade a Lya:
Se a Lei define como
salário mínimo R$ 724,00 como assim considerar renda de R$ 320,00? Por que será
permitido infringir a Lei?
Continua destacando a
nossa escritora que esses fatos são facilitados pelo Carnaval, ela Copa que já
fortemente combatida nas ruas e que ninguém entendeu direito o que vai ser, o
que pode ser, se vai aparecer com pesada maquiagem ou será de verdade a alegria
do povo.
Continuando, destaca com
propriedade a Lya Luft e eu concordo plenamente: “Eu quero toda a alegria para
o povo, toda a comida, todos os remédios, todos os bancos escolares, todo o
trabalho decente, tudo”.
“Não
desejo um pagamento mensal de R$ 320,00”.
E por fim destaca o que
concordo plenamente que para uma pessoa com razoável nível de informação não
tem como aceitar essa realidade.
É duro ter de aceitar isso
como brasileiro!
E, continuando a assistir
relatos sobre nosso Brasil, observe o que nos conta “Lobão” (Veja 12/03/14),
artista.
Conta ele que no mês que
quando retorna de um Show em Belo Horizonte (MG) quando se deu conta que havia
perdido sua carteira com todos os documentos.
Estava se deslocando para
o aeroporto, pois embarcaria em pouco tempo para São Paulo.
Nesse momento foi alertado
que procurasse a delegacia de policia no aeroporto e registrasse um “BO” e
assim poderia embarcar.
Além de encontrar o
aeroporto transformado em um verdadeiro canteiro de obras, um verdadeiro
desconforto chegou a lembrar que o aeroporto de Goiânia (GO) utilizou uma
barraca do exército como sala de embarque.
Logo questionou – como estarão as arenas para a Copa?
Continuando a sua
narrativa, sabe o que ocorreu na delegacia de polícia do aeroporto de Minas?
O delegado não queria
atende-lo, pois ele não estava conseguindo provar que ele era mesmo ele.
Pode isso?
E, por fim na coluna do
J.R. Guzzo (Veja de 12/3/14) nos dá um banho de bola comentando o fato de que o
STF recentemente condenou três estrelas do mensalão e agora por seis votos a
cinco não mais estão condenados, como assim?
Que julgamento e material jurídico é esse que foi utilizado antes e
agora?
E por ai adiante. Observem como nos estamos no Brasil.
É simplesmente uma
vergonha!
Assistimos todos os dias
“manipulação” de notícias e de realidade, falta de preparo da nossa máquina
pública simplesmente em atender bem o contribuinte, assistimos extremamente
preocupados a nossa limitação em infraestrutura e o comportamento da nossa
corte máxima de justiça.
O mau trato e descaso com
o povo.
E, para coroar a situação
ontem a noite a rede globo mostrou uma matéria que ilustra o estado caótico das
escolas públicas no norte e nordeste do nosso país. Ali foi evidenciada a
realidade com a qual estamos tratando o nosso futuro que é representado pelas “crianças”!
A final será que
acreditamos em Papai Noel?
Estou seriamente inclinado
a achar que o povo brasileiro “sim”.
Porto Alegre, 10 de março
de 2014.
José
Luiz Amaral Machado
Economista
– Porto Alegre (RS)