Vários pensadores, técnicos,
analistas publicaram suas posições sobre o momento o qual estamos enfrentando
no Brasil ao que gostaríamos de agregar nossas reflexões.
E ficamos pensando:
Como foi mesmo que o Brasil
chegou a esta situação?
Inflação dando sinais forte de
recrudescimento, crescimento muito baixo, o mundo empresarial muito tímido suspendendo
emissões e captações; os juros subindo, expectativas se apresentando de forma
tímida, o nosso real perdendo valor.
Na verdade toda decisão tem um
preço. E, o governo tomou decisões e
adotou políticas que sem dúvida tem um preço.
Não é o fim do mundo, não há crise
eminente, mas as escolhas equivocadas não ficam sem cobrança de um preço.
Há incertezas no mundo, mas o
pior já passou e não é a crise externa que explica o quadro que estamos
assistindo.
Veja que os Estados Unidos
discutem o ritmo da recuperação já em curso, e a projeção da Europa é de
crescer, ainda que pouco, no próximo ano.
Nossa balança comercial
deteriorou-se rapidamente e teve déficit no primeiro semestre do ano. O saldo
comercial será positivo, mas pequeno frente ao que necessita o País. O déficit das transações correntes se aprofundou.
Em 2008/2009 o governo tomou
várias posições estimulando crédito, o consumo, mantendo uma politica cambial
que colocou várias empresas em risco.
Pois bem, agora nos está sendo apresentada
a conta.
Empresas e famílias com a saúde
financeira sem dúvidas afetada.
Some-se a isso toda essa
movimentação social o que coloca o governo em uma situação muito tensa e, pelo
que percebemos ainda sem saber bem qual rumo ou medidas tomar. Pior ainda, em
conflito com a classe política o que sem dúvida é um ingrediente de
complexidade de toda a situação política do nosso País.
Todo esse quadro faz-nos nos
posicionar em recomendar tanto às famílias como às empresas que mais do que
nunca é necessário agir sem parar, mas usando de muita cautela.
Nunca foi tão recomendado às
empresas que tenham ou reforcem rapidamente a qualidade de seus controles e
instrumentos de gestão no sentido de proteção da saúde econômico-financeira de
seus negócios.
Essa posição também se aplica às famílias,
agora é hora de andar com calma em planos de gastos. Afinal é recomendado acompanharmos um pouco
mais como o “clima” se apresentará no cenário tanto político como econômico do
nosso País, pois um passo comprometido agora poderá cobrar preço alto logo ali
adiante.
Porto Alegre, 15 de julho de
2013.
Econ. José Luiz Amaral Machado –
Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).