quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O peso da burocracia e tributos a eterna guerra enfrentada pelos empreendedores.



Infelizmente está se confirmando a percepção que tínhamos manifestado em ocasiões anteriores.

No Brasil está muito complexo para os empreendedores enfrentar toda a luta pala manutenção saudável da empresa e ainda enfrentar a guerra com a burocracia e o peso dos tributos do sistema brasileiro.

A Folha de São Paulo dá um banho hoje ilustrando a situação a partir de uma pesquisa feita pela FIESP (Federação da Industria de São Paulo).

É incrível essa situação.  E, assim mesmo, o brasileiro se mostra propenso a empreender e apresenta uma disposição para isso e uma vontade de vencer incrível.

Se nosso país tratasse o assunto de uma forma mais racional e amigável ao ambiente empreendedor tenho certeza que os ganhos seriam de toda a sociedade.

Vejamos o material publicado hoje na Folha de São Paulo.


A indústria de transformação gastou R$ 24,6 bilhões somente para pagar tributos no ano passado, valor que representa 10% da folha de pagamento do setor e o dobro do que investiram em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Isso equivale a dizer que, para cada R$ 1.000 desembolsados no pagamento de impostos, a indústria gastou mais R$ 64,90 em burocracia.

"Em vez de investir em tecnologia para tornar a produção mais eficiente e entregar ao consumidor um produto melhor e mais barato, o empresário é obrigado a gastar com a burocracia tributária. "É um dinheiro perdido que vai para o ralo", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp (federação da indústrias paulistas).

Os custos diretos e indiretos da burocracia representam 2,6% do preço final dos produtos, considerado o efeito cascata na cadeia produtiva do pagamento de tributos desde a compra de insumos.

É a primeira vez que a federação mensura o custo na indústria em nível nacional. Os dados, obtidos pela Folha com exclusividade, serão apresentados amanhã em seminário em São Paulo. O objetivo é discutir com os fiscos (estadual e federal) como simplificar o sistema, evitar o excesso de normas e reduzir o número de tributos.

Para calcular o custo total gasto com pagamento de impostos, o levantamento considerou uma amostra representativa do setor, com 1.180 indústrias de todos os portes.

Dos R$ 24,6 bilhões, a maior parte foi para pagar funcionários e gestores ligados à área tributária: R$ 16, 3 bilhões. Em média, as empresas alocam dez pessoas para cuidar de atividades ligadas à tributação, incluindo pagamentos fiscais, encargos sobre a folha de pagamento ou de contabilidade.

Os gastos com instalação e operacionalização de softwares, obrigações acessórias (livros, registros e armazenamento de dados) e terceirização de serviços fiscais somaram R$ 6,5 bilhões. Os custos judiciais das empresas foram de R$ 1,8 bilhão.

Augusto Boccia, dono da indústria São Rafael, fabricante de câmaras frigoríficas há 39 anos no Arujá (SP), diz que, depois de idas e vindas, terceirizou a contabilidade e criou uma equipe interna para conseguir cumprir o emaranhado de leis e regras.

"É impossível manter-se atualizado e conseguir entender toda a legislação. Gasto em média R$ 50 mil por mês com cumprimento da parte fiscal e contábil. Do meu faturamento anual, isso representa 2,25%", diz.


Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, 30 novas normas tributárias são editadas por dia no Brasil, o equivalente a 1,25 por hora.

Continua a matéria da Folha de São Paulo.

Burocracia afeta mais a receita da pequena indústria

- Folha de São paulo
 

 por CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

As indústrias de pequeno porte do setor de transformação são as que mais sofrem o impacto dos custos administrativos e burocráticos para pagar tributos no país.

Enquanto na média o gasto com burocracia equivale a 1,16% da receita das empresas, entre as pequenas, o percentual chega a 3,13%, segundo levantamento nacional feito pela Fiesp (federação de indústrias paulistas).

Editoria de Arte/folhapress
Do total de R$ 24,6 bilhões gastos para cumprir as exigências tributárias, R$ 6 bilhões saíram do caixa das pequenas. O gasto das médias foi de R$ 5 bilhões (1,64% do que faturaram) e os das grandes, R$ 13,6 bilhões (0,83% da receita).
Apesar de o volume de gastos ser maior, as empresas de grande porte conseguem contratar funcionários especializados para a área fiscal, e, com volume mais elevado de vendas, diluem os custos, diz o advogado Jorge Henrique Zaninetti, tributarista do Siqueira Castro Advogados.

MENOS INVESTIMENTOS
"As pequenas e as médias, mesmo quando optam por regimes tributários menos complexos (como lucro presumido e simples) têm de cumprir exigências que não dispensam a contratação de pessoal especializado ou serviços de terceiros", diz o empresário Denis Perez Martins, dono da Poly Hidrometalúrgica, fabricante de pequeno porte de metais sanitários.

A empresa gasta por mês R$ 6.000 em salários e manutenção de sistemas para conseguir atualizar softwares que permitem cumprir as obrigações fiscais e contábeis.

"Há cinco anos fiz meu último investimento na produção, comprando uma máquina. Não sobram recursos", afirma o empresário.

Advogados e especialistas em tributação informam que PIS, Cofins e ICMS lideram o ranking de reclamações dos empresários, por causa das constantes mudanças na lei e burocracia exigida para entender as regras.

25/09/2013 

Análise: Custo da burocracia afasta investidores e tendência é ficar ainda mais alto


 

MARCOS CÉZARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Burocracia atrai burocracia, que atrai burocracia, que eleva os custos para as empresas. Isso acontece no Brasil devido à parafernália tributária/fiscal excessiva, que, no geral, mais complica do que simplifica.

O estudo da Fiesp é uma prova de que algo está errado no sistema fiscal e contábil do país. Mudar isso é fundamental para atrair investimentos estrangeiros.

Nenhum investidor se sente atraído por um país que, além de cobrar muito, complica para pagar.


O sistema tributário brasileiro apresenta problemas devido ao excesso e à complexidade das normas e ao elevado número de tributos. O resultado é que as empresas têm de deslocar para a atividade administrativa recursos que poderiam e deveriam ser usados na produtiva.
O presidente do Sescon/SP (sindicato que reúne as empresas de serviços contábeis do Estado), Sérgio Approbato Machado Júnior, diz que o sistema tributário/fiscal do país é tão complexo que "a maioria das empresas não tem condições financeiras para atender às necessidades do fisco".

Para Machado, "mudar a estrutura atual exige um projeto de governo, e não apenas um programa da Receita". Um exemplo de como a Receita complica é a instrução normativa nº 1.397, publicada na semana passada e que trata da adoção, no Brasil, do padrão contábil internacional (IFRS, na sigla em inglês).
Essa instrução mantém um regime transitório de escrituração contábil, existente há mais de cinco anos, adiando a implantação de uma regra definitiva. A partir de 2014, passará a ser obrigatória a geração de duas escriturações contábeis: uma com base nas normas hoje em vigor e outra, para efeitos fiscais, com base nas normas contábeis de 31 de dezembro de 2007.

Resultado: mais custo.


Tudo indica que, mesmo com os avanços tecnológicos de um sistema como o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), nos próximos anos o custo adicional constatado pela Fiesp deverá ficar mais próximo de R$ 7 do que de R$ 6 para cada R$ 100 pagos em tributos.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O empreendedor e o oportunista.


Hoje vamos desenvolver uma reflexão sobre perfis de empreendedores.

Com a experiência e a vivência como consultores de empresas no segmento das pequenas e médias empresas foi possível ir identificando tipos (perfis) de empreendedores.

E esse aspecto é bastante interessante, pois na verdade encontramos diversos tipos, com características próprias.

Nesse momento vamos hoje fazer um comentário sobre dois tipos especificamente, ou seja, “o empreendedor com a visão de futuro e evolução do negócio” e, “o investidor a quem temos identificado como oportunista”.

O que é um e o que é o outro?  Ou quais são as características que os distinguem?  A essa altura provavelmente já causamos no leitor curiosidade ou uma provocação para ver onde queremos chegar.

Como já dissemos essas observações são resultados de nossa vivência profissional.

Isso dito, vamos comentar os tipos indicados acima.

Quem é o empreendedor com a visão de futuro e evolução do negócio?

Classificamos assim o empreendedor que uma vez envolvido com seu projeto empresarial coloca em primeiro plano o desenvolvimento saudável do mesmo.  Ou seja, promove todo o empenho para que a empresa evolua construindo as melhores condições de competitividade, saúde econômico-financeira, a melhor forma de captação e manutenção do capital humano.

É claro que somado a isso, o empresário procura sempre manter a empresa e seus produtos em um nível de tecnologia e atualidade visando o melhor atendimento de seu mercado consumidor.  Com isso a empresa ganha participação, reconhecimento e tradição com retorno natural do investimento.

Naturalmente que um empreendimento com esse nível de dedicação e atenção tende sim a se firmar e evoluir com um enorme poder de competitividade além de alcançar um patamar que pode provocar a atenção de outros investidores tanto nacionais como internacionais.

Nesse perfil está incluso a cultura da boa gestão, a disciplina orçamentária, a análise econômica de custos e formação de preços, de pesquisa, de atenção e desenvolvimento do marketing além de manter constante networking com os segmentos relacionados.

Com isso, temos assistido o desenvolvimento de muitas empresas às quais não só apresentam adequadas condições de remuneração dos investimentos como são constantemente assediadas por oportunidades de investidores não sócios.

Já o empreendedor ou investidor a quem temos identificado como “oportunista”, é aquele que se aproxima ou entra diretamente no quadro societário de uma empresa com o objetivo claro e “e com a visão de curto prazo” embora não declare abertamente isso, qual seja:

“Aproveitar o bom potencial da organização e seus negócios e/ou segmento específico e, para esse tipo de investidor/empreendedor o interesse maior é a rápida identificação da oportunidade de venda da empresa, mesmo sem ter aplicado qualquer plano de crescimento e desenvolvimento da mesma..  Com isso busca o rápido ganho de seu investimento inicial que pode até ter sido feito, mas em alguns casos se utiliza de subterfúgios sem colocar mesmo a mão no bolso para objetivar o investimento direto na empresa”.
Ou seja, classificamos esse perfil como “oportunista”.
Utiliza todo o ferramental da gestão para “maquiar” ou nivelar da melhor forma a imagem e a posição da empresa para que no mais rápido tempo possível possa realizar o que ele considera prioritário “uma rápida oportunidade de algum ganho com a venda da empresa” sem considerar ou se comprometer com a continuidade ou o desenvolvimento sólido da empresa.

A partir dai, estão identificadas as características da gestão de cada um dos tipos acima mencionados.

O primeiro, “o empreendedor”, efetivamente comprometido com o desenvolvimento e a melhor participação da empresa no mercado gerando com isso belas oportunidades de rendimento do investimento tanto para ele como para os possíveis investidores e consequentemente para a sociedade e, o outro “o oportunista”, se emprenha ferrenhamente em mostrar a “noiva” com a melhor maquiagem possível para impressionar a sociedade ou possíveis investidores e assim realizar aquilo que ele considera seu retorno adequado e rápido sem comprometimento.

Qual desses tipos o ambiente empreendedor merece?

Qual presta mesmo um serviço tanto para o quadro societário, para o capital humano envolvido e para a sociedade?

São reflexões que propomos.

Evidentemente que em ambos os casos temporariamente ou em curto prazo são pagos impostos, geram empregos e renda.  Mas nosso ambiente empreendedor e a sociedade merecem o que?  Uma visão de curto ou de longo prazo?

Será que o oportunista vai continuar a tirar proveito de situações que por vezes se apresenta até frágil por aspectos pessoais e emocionais de um quadro societário que não conseguiu implantar uma gestão econômico-financeira saudável?

Porto Alegre, 10 de setembro de 2013.
Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira - benefício para o empresário, instrumento não valorizado pelo sistema financeiro.

O Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira - o principal beneficiado é o próprio empresário.

Entre os economistas de mercado aqui no Rio Grande do Sul e, também, em diversas regiões do País muito tem se debatido a respeito dessa importante ferramenta de decisão para a gestão empresarial.

São dois os enfoques que podemos abordar a partir dessas discussões que se chegou a fazer inclusive nos debates feitos no CORECON/RS – Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul e no próprio COFECON – Conselho Federal de Economia.

A primeira abordagem é registrar a queixa de colegas que assistem em muitas ocasiões os agentes financeiros não solicitarem que os processos de apoio financeiro a empreendimentos não sejam acompanhados ou instruídos por “Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira” com a participação de economistas como profissional autor.

Aqui cabe registrar que na maioria dos casos as instituições financeiras agem estritamente como “banqueiros”, ou seja, examinam com ênfase os aspectos convencionais de uma transação de crédito, ou seja, garantias e capacidade de pagamento.  Não chegam a examinar o mérito econômico-financeiro do “projeto” quando deveriam observar as repercussões micro e macroeconômicos, além dos efeitos sociais do empreendimento, fazem a abordagem meramente creditícia e dão ênfase às garantias “reais” da operação.

Entretanto, o que os economistas defendem e alertam aos empresários é que um empreendimento que exige investimento é uma abordagem muito mais ampla, principalmente se encararmos como o aspecto de maior relevância o “interesse e proteção do próprio empresário”.

Se não vejamos, o sucesso e a segurança de um programa de investimentos por parte de uma empresa terá sua chance de sucesso muito ampliada se o empresário se utilizar do valioso instrumento de gestão que é o “Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira”.  Pois só nele todos os aspectos são cuidadosamente detalhados com o propósito de subsidiar e aumentar a segurança da decisão do empresário.

Nele são cuidadosamente analisados os aspectos como – dimensionamento dos mercados comprador e fornecedor, localização estratégica, capacidade a ser instalada em sintonia com o que indica a análise de mercado, tecnologia de produção, a capacidade financeira do empreendedor, a disponibilidade dos fatores de produção, seu custo, sua rentabilidade, sua “real capacidade de pagamento e a necessidade implícita do capital de giro”, além de examinar cuidadosamente o aspecto relativo ao retorno do investimento.

Naturalmente, que estarão inclusos no estudo os aspectos físicos como instalações, equipamentos, seus orçamentos e cronogramas de execução e as condições dos empresários ou empresa em dispor de garantias para a possível operação de apoio financeiro ao empreendimento.

E somos otimistas quanto à utilização dessa ferramenta denominada “Estudo ou Projeto de Viabilidade Econômico-financeira”, pois temos tomado conhecimento de informações divulgadas como, por exemplo, a pesquisa do SEBRAE em que indica que a longevidade da pequena e média empresa se dilatou de 4,3 empresas para cada 10 empresas que nasciam em 2004 para 7,3 em 2006, ano da última observação da pesquisa.  O que significa isso?

Significa que o empreendedor e as pequenas e médias empresas vêm adotando com muito mais intensidade instrumentos profissionais e, portanto, profissionalizando a gestão.  Só assim é possível dispor de uma expectativa maior de sucesso dos novos negócios e dos já em operação.

Aqui no Rio Grande do Sul um fato sempre nos deixa impressionados, trata-se do registro dos novos empreendimentos pela Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, que ate agosto último registrou 69.220 nos negócios registrados.
Assim, mesmo a despeito dos vários obstáculos que o ambiente de negócios ainda mostra em nosso País e particularmente no Rio Grande do Sul é possível tanto ver uma crescente disposição para empreender como um avanço na tendência de utilização de gestão profissional e nisso, sem dúvida, está considerado a importante ferramenta de gestão o “Estudo ou Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira”.

Porto Alegre, 9 de setembro de 2013.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

O injusto sistema tributário deixa complicada a vida do empreendedor do RS.


É incrível assistir que pela cobrança da diferença de alíquota do Simples para micro e pequenas empresas faz com que os empreendedores do nosso estado tenham bem complicada sua situação de competir com seus pares de Santa Catarina e do Paraná.

Ora, isso faz com que exista repercussão nos preços praticados no RS penalizando, assim, o fator de competitividade das nossas empresas frente às localizadas nos estados vizinhos que não praticam essa política fiscal.

É de destacar segundo se tem notícias que tanto no Paraná quanto em Santa Catarina mesmo não fazendo essa cobrança tem ocorrido crescimento de arrecadação das empresas optantes pelo Simples enquanto a situação no Rio Grande do Sul caiu.  Mais uma vez aparece a assertiva de que a arrecadação é maio onde se cobra menos imposto.

Considere que no RS existe um enorme potencial em relação à propensão de iniciativa empreendedora.  Mas o próprio Estado trata de complicar a vida dos empreendedores além de comprometer a competitividade daqueles que ousam implantar negócios aqui.

É uma pena, estamos assistindo um cenário em que a situação das finanças do Estado acaba afetando o ambiente empreendedor e, com isso a todos nós - “a sociedade” sai perdendo.

Porto Alegre, 9 de setembro de 2013.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

domingo, 8 de setembro de 2013

A conveniência e as possibilidades que se abrem quando a empresa se mostra ao mercado.

Pela intensa convivência com diversas empresas de pequeno e médio porte, temos assistido uma dificuldade das mesmas em estabelecer relacionamento e se mostrarem adequadamente ao mercado.

Em que base fazemos essa observação?

Em muitos casos, por exemplo, verificamos que mesmo existindo crédito de bancos de fomento com linhas muito adequadas para apoiar planos de investimentos dessas organizações, as mesmas apresentam dificuldade de se mostrar de forma eficiente o que dificulta ou até inviabiliza essa aproximação.

Dessa forma, perdem a oportunidade de aproveitar linhas de financiamentos mais adequadas.

Mas não é só isso.  Na atualidade é muito comum as pequenas e médias empresas serem abordadas por possíveis investidores ou mesmo com o próprio interesse em buscarem parceiros investidores e, não dispõem de estrutura de informações que lhes facilite o processo de aproximação e/ou negociação.

E, tem mais, essa situação de oportunidade de negócios entre empresas, investidores ou mesmo instituições de investimentos está se intensificando em uma velocidade muito forte.

Cabe aos empresários perceberem que é de suma importância a partir desse momento desenvolver em suas organizações uma sólida estrutura de gestão que proporcione transparência, confiança e acima de tudo mostre o desempenho e o verdadeiro potencial do negócio
.
Quem sai ganhando é a própria empresa, pois estará operando com uma estrutura de gestão que lhe permitirá avaliar com precisão a eficiência dos processos, do planejamento e da saúde do negócio.

Com isso será muito mais fácil aproximar a empresa do mercado tanto o fornecedor como os clientes e principalmente os potenciais investidores que hoje são uma realidade, está aí o exemplo do “Capital Anjo” dos “Fundos de Investimentos” entre outras entidades que buscam participar de negócios que apresente atratividade e eficiente controle e demonstração da evolução e desempenho do negócio.

A Gerencial Auditoria e Consultoria, de Porto Alegre (RS), quer aqui levantar à importância da adoção da “Governança Corporativa” para o que desde já coloca sua equipe profissional à disposição para auxiliar na implantação desse processo.

Afinal o que é Governança Corporativa?

Governança corporativa é o conjunto de processos, costumes, políticas, leis e instituições que afetam o modo como uma empresa é gerida.

Governança corporativa também inclui as relações entre os envolvidos e os objetivos para os quais a corporação é gerida.

Nas organizações contemporâneas, os principais grupos de partes interessadas externas são os acionistas, os credores, o comércio, fornecedores, clientes instituições de apoio financeiro e comunidades afetadas pelas atividades da empresa, já as partes interessadas internamente são formadas pela administração, executivos e colaboradores.

Governança corporativa é um tema multifacetado, principalmente pela natureza e pela extensão da responsabilidade de indivíduos específicos na organização. Um dos impactos de um sistema de governança corporativa é na eficiência econômica, com ênfase no bem-estar de acionistas e comunidade envolvida com a empresa.

Em sua essência, a Governança Corporativa tem como principal objetivo recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus acionistas e comunidade com ela envolvida, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.

Somos da opinião que considerando o atual ambiente em que as comunidades de investidores estão ávidos por boas oportunidades de investimentos que as empresas consigam se mostrar adequadamente facilitando assim inclusive a captação de recursos de forma mais eficiente.

Porto Alegre, 8 de setembro de 2013.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria, de Porto Alegre (RS).

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Um olhar sobre o nosso potencial empreendedor.


Levando em consideração a situação favorável da economia mundial que assistimos nos últimos anos.  E acompanhando o que vem ocorrendo nos últimos tempos inclusive aqui no Brasil, nos levou a fazer reflexão sobre nosso potencial em termos de empreendedorismo.

De certa forma tem nos preocupado os últimos acontecimentos em nossa economia o que sem dúvida pode afetar o ambiente empreendedor e a atração de investidores.

Para ilustrar o nosso potencial empreendedor estivemos pesquisando e detectamos algumas informações que são interessantes.

I – Nos últimos anos quando assistimos bons ventos no sistema econômico mundial verificamos sinais indicadores muito interessantes. Entre eles está o estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil” (outubro de 2011), feito pelo Sebrae, o qual indica que de cada 100 micro e pequenas empresas (MPEs) abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. Esses dois primeiros anos são os anos mais críticos para uma empresa. A pesquisa do Sebrae sobre a sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 e estão há pelo menos dois anos completos em atividade, já que as que abriram as portas em 2005 tinham 71,9% de sobrevivência.

A pesquisa aponta, ainda, que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%).

Em comparação com outros países a pesquisa mostra que o desempenho nacional em termos de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%), conforme dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

II – O quadro identificado na pesquisa que mencionamos acima indica o forte potencial empreendedor no Brasil.

III – Veja, por exemplo, o que conseguimos identificar quando visitamos os sítios das juntas comerciais do Paraná e do Rio Grande do Sul, dois estados no que se aproximam em termos de perfil socioeconômico. No primeiro semestre de 2013 no Paraná foram criados 27.124 novos empreendimentos contra 25.427 em igual período de 2012 significando um crescimento de 6,67%.  Enquanto isso, no Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2013 foram criados 50.318 novos empreendimentos enquanto em igual período de 2012 foram criados 46.499 novos empreendimentos significando um crescimento de 8,21%.

IV – Isso mostra que em havendo um ambiente favorável, mais estável e com regras sem grandes alterações os empreendedores aparecem e entram no jogo.
V – Quando esse fato acontece o efeito sob o ponto de vista econômico e social é extremamente positivo, pois é sabido que os pequenos negócios são os que mais empregam, portanto, geram renda.  Acompanhando isso, ocorre um movimento que é muito saudável com a vitalidade de novos empreendimentos inicia-se um ciclo de repercussão positiva nas comunidades, pois cada negócio gera outros.  Pelo lado do governo devemos lembrar que mais negócios significa mais arrecadação aumentando a condição pecuniária de retornar à sociedade com mais serviços.  E assim por diante.

Entretanto, para esse ciclo virtuoso continuar é necessário um ambiente econômico sem tanta turbulência como estamos vivendo atualmente.

Quando assistimos turbulências no ambiente econômico esse naturalmente traz consigo certa insegurança aos empreendedores e, dessa forma, retardam o efeito que tanto desejamos em nosso País.  Ou seja, um ambiente que seja gerador de novos negócios, novas oportunidades de postos de trabalho, de geração de riquezas e consequentemente se fortalecendo o sistema de arrecadação do Estado.

VI – Mas que o empreendedor brasileiro responde isso é verdade, basta atentar para as informações iniciais deste texto a pesquisa do Sebrae e as informações estatísticas que mostram as Juntas Comerciais dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

VII – Nossa esperança é que nosso governo perceba essa situação e adote ações em gestão no sentido enfrentar e contornar o mais rápido possível essa turbulência que estamos assistindo.

Porto Alegre, 30 de agosto de 2013.
Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria, de Porto Alegre (RS).

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O gigante (Africano) acordou!


Impressionante a reportagem publicada na revista Exame de 21/8/2013, edição 1047, folhas 26 e 27, matéria de autoria de Patrick Cruz.

Lá está estampado quase representando um puxão de orelhas para nós aqui no Brasil com uma das chamadas da matéria destacando que “O gigante (Africano) acordou”.

Na matéria é destacado que mesmo que a África tenha sua imagem ainda associada a flagelos que vão da extrema miséria às guerras tribais, é possível identificar naquele continente, avanços importantes.

É destacado que a economia africana tem crescido, em média, 6% ao ano. Fincamos impressionados com o destaque que é dado na matéria quando informa que diversos governos africanos têm reduzido custos e descomplicado regras para atrair investidores.

E por ai em diante as informações da matéria representam uma verdadeira chamada de atenção para nós brasileiros (governo e os diversos órgãos reguladores).

Na sequencia apresentam indicadores que tanto nos deixam impressionados como, também, nos servem de exemplo, se não vejamos:

11)    Saúde e Educação:

- 10% foi quanto cresceu a expectativa de vida no continente na última década;
- 30% foi a queda no número de mortes por malária em dez anos;
- 48% foi o avanço das matrículas no ensino médio na década passada no continente.
22)  No campo econômico, os avanços também são expressivos:

- O investimento estrangeiro direto multiplicou-se por três em dez anos, saindo em 2002 de US$ 15 bilhões para em 2012 atingir o patamar de US$ 46 bilhões.
- O PIB dos países africano cresce em média 6% ao ano;
- E, o crescimento da renda per capita por ano é de 2,7%.

33)  Algo mais que não podemos passar sem destacar que consta na matéria e que consideramos de extrema importância:

- No ambiente de negócios, na África é possível empreender sem tanta complicação, veja alguns indicadores importantes quando comparados conosco:
- Números de procedimentos para abrir uma empresa:
         - Zâmbia – 6
         - Brasil – 13
- Registrar uma propriedade:
         - Botsuana – 5
         - Brasil – 13
- Tempo para abrir uma empresa:
         - Cabo Verde – 11 dias
         - Brasil – 119 dias
- Tempo para iniciar uma construção:
         - Gana – 218 dias
         - Brasil 469 dias
- Carga tributária:
         - Etiópia- 31%
         - Brasil – 67%

A matéria se utilizou das fontes: Business/Banco Mundial, Global Peace Index, Unctad, Boston Consulting Group, Banco Mundial e África Governance Intiative/Tony Blair.

Por fim faz um alerta com o qual concordamos plenamente está na hora de revermos nossos elevados custos e as regras confusas, que além de numerosas, reduzem a atratividade de investimentos.
Como afirma o autor “ESTÁ NA HORA DO GIGANTE BRASIL ACORDAR PARA ISSO”.

Porto Alegre, 22 de agosto de 2013.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A repercussão do quadro atual para as empresas e famílias.

Estivemos fazendo nossas reflexões sobre o cenário a que se submete a nossa economia.

Vários pensadores, técnicos, analistas publicaram suas posições sobre o momento o qual estamos enfrentando no Brasil ao que gostaríamos de agregar nossas reflexões.

E ficamos pensando:

Como foi mesmo que o Brasil chegou a esta situação?

Inflação dando sinais forte de recrudescimento, crescimento muito baixo, o mundo empresarial muito tímido suspendendo emissões e captações; os juros subindo, expectativas se apresentando de forma tímida, o nosso real perdendo valor.

Na verdade toda decisão tem um preço.  E, o governo tomou decisões e adotou políticas que sem dúvida tem um preço.

Não é o fim do mundo, não há crise eminente, mas as escolhas equivocadas não ficam sem cobrança de um preço.

Há incertezas no mundo, mas o pior já passou e não é a crise externa que explica o quadro que estamos assistindo.

Veja que os Estados Unidos discutem o ritmo da recuperação já em curso, e a projeção da Europa é de crescer, ainda que pouco, no próximo ano.

Nossa balança comercial deteriorou-se rapidamente e teve déficit no primeiro semestre do ano. O saldo comercial será positivo, mas pequeno frente ao que necessita o País.  O déficit das transações correntes se aprofundou.

Em 2008/2009 o governo tomou várias posições estimulando crédito, o consumo, mantendo uma politica cambial que colocou várias empresas em risco.

Pois bem, agora nos está sendo apresentada a conta.

Empresas e famílias com a saúde financeira sem dúvidas afetada.

Some-se a isso toda essa movimentação social o que coloca o governo em uma situação muito tensa e, pelo que percebemos ainda sem saber bem qual rumo ou medidas tomar. Pior ainda, em conflito com a classe política o que sem dúvida é um ingrediente de complexidade de toda a situação política do nosso País.

Todo esse quadro faz-nos nos posicionar em recomendar tanto às famílias como às empresas que mais do que nunca é necessário agir sem parar, mas usando de muita cautela.

Nunca foi tão recomendado às empresas que tenham ou reforcem rapidamente a qualidade de seus controles e instrumentos de gestão no sentido de proteção da saúde econômico-financeira de seus negócios.

Essa posição também se aplica às famílias, agora é hora de andar com calma em planos de gastos.  Afinal é recomendado acompanharmos um pouco mais como o “clima” se apresentará no cenário tanto político como econômico do nosso País, pois um passo comprometido agora poderá cobrar preço alto logo ali adiante.
Porto Alegre, 15 de julho de 2013.
Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Estivemos ausentes!

Meus caros, estivemos ausentes desde março último.

Sinceramente, um forte envolvimento no dia a dia profissional e, por outro lado, observamos preocupados com o que vem acontecendo em nosso País e na nossa economia.

Reconhecemos que o quadro geral da nossa economia tem se modificado significativamente em termos de perspectivas.

E, com isso vem às consequências para o mundo dos negócios.

Endividamento do consumidor e, por consequência aparece sinais de retração do consumo; forte evidencia de recrudescimento da inflação que vem puxando a elevação dos juros básicos da economia como um fator de combate a essa tendência da inflação; falta de ação objetiva do governo e classe política em demonstrar atenção e ação tanto em relação ao que o mundo empreendedor aspira (redução da burocracia e da carga tributária) quanto ao anseio de nossa sociedade (melhoria dos serviços públicos, ação em relação à corrupção, atenção urgente à saúde e a educação, entre outros) faz com que fiquemos efetivamente apreensivos.

Ficamos afetados com todo esse quadro que sem querer, permanecemos paralisados observando e, tentando entender as possíveis consequências disso tanto para a sociedade como para o mundo dos negócios.

Por isso, ficamos ausentes, mas estamos tentando retomar para esboçaremos nossas observações sobre o quadro que vimos assistindo no nosso País e, quem sabe com isso de alguma forma contribuir com as reflexões que necessitamos fazer nesse momento.

Porto Alegre, 12 de julho de 2013.

José Luiz Amaral Machado
Economista, diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria (Porto Alegre/RS).

sexta-feira, 22 de março de 2013

Um olhar sobre as perspectivas da economia brasileira – março 2013.





Com um passeio pelo noticiário, estudos e pesquisas efetuadas a cerca das perspectivas para o mundo empreendedor no Brasil é possível constatar que mesmo com "ventos" de curto prazo não muito animadores o cenário quando se tem um olhar logo ali adiante é no mínimo muito interessante alvissareiro.

Só nesses últimos dias observando material de analistas globais sobre o potencial de algumas economias é animador ver que o Brasil está incluso em um gruo de países que são considerados como de excelente potencial para os negócios, se não vejamos.

O HSBC Commercial Banking grupo financeiro de ação internacional, através de seus órgãos de controle e acompanhamento do ambiente econômico mundial publicou na Revista Exame (edição 1037 – 20/03/2013 – pg.27) matéria otimista que traduz observações e análises registradas por informações coletadas pelo Banco Mundial, bem como por conceituados analistas.

Essa síntese destaca que em quatro décadas o mercado consumidor dos países emergentes representará quase dois terços do consumo mundial, o dobro do que é hoje.

Esse novo mapa do comércio, previsto em um estudo do HSBC, informa que resultará o ingresso na classe média mundial de cerca de 2,6 bilhões de pessoas, ou 40% da população do planeta.

Um cenário em que economias emergentes como Brasil, entre outras como Turquia, Peru e Filipinas, quando somadas contribuirão para o consumo global de forma equivalente à das populosas China e Índia.


Destaca ainda a matéria que "em meio às consequências da nova correlação de forças estarão à intensificação das relações comerciais entre os próprios emergentes e a ampliação do setor de
serviços desses países, tornando-os menos vulneráveis a oscilações no comércio global".


Com especial destaque na matéria aparece a observação de que o Brasil em uma década quadruplicou seu Produto Interno Bruto per capita, o que hoje ultrapassa a 12.400 dólares ao ano, o que vem fazendo com que os investidores tenham constante e crescente interesse na evolução do mercado brasileiro.

Ainda é destacado, na matéria, que o Brasil entre as atuais economias é o que maior consumo interno dispõe.

Com a ascensão da nova classe média brasileira é constante e crescente o "despertar" de interesse dos investidores em setores como: planos de saúde e a multiplicação de shoppings.

Como o Brasil é um país continental, estudiosos como Adriano Gomes, professos de finanças da Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo faz uma esclarecedora classificação sobre as regiões do nosso país destacando que:

-- O Brasil do Sul, o qual compreende o Sul, Sudeste e parte do Nordeste, cuja população tende a crescer menos, mas há um aumento de renda per capita;

-- E o Brasil do Centro-Oeste, Norte e maior parte do Nordeste, que, além do incremento de renda, continuará com alto crescimento populacional.

Nesse contexto os estudos indicam que "setores ligados ao consumo de massa, como alimentos, bebidas, confecção e cosméticos, continuarão a crescer".
"Mas os especialistas destacam que terão sucesso as empresas cujos custos e preços forem competitivos globalmente, significando isso que será a gestão das mesmas altamente exigidas!"


Por essas razões reforçamos a conveniência de que nossas empresas não podem e não devem ter uma visão centrada no curto prazo e sim devem focar um horizonte de tempo maior e com isso estar adequadamente preparadas para tanto desfrutarem desse
ambiente animador como para as oportunidades de negócios que virão com esses fatos.
A GERENCIAL AUDITORIA E CONSULTORIA, empresa com sede em Porto Alegre (RS) em função desse contexto, tem constantemente aprimorado sua equipe de profissionais e adequado seus produtos para que o papel a que se propõe que é "apoiar o desenvolvimento e identificar oportunidades" para as empresas seja um verdadeiro ponto de apoio aos empreendedores no Brasil.

Porto Alegre, março de 2013.  Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da GERENCIAL AUDITORIA E CONSULTORIA – Porto Alegre (RS).

www.gerencialconsultoria.com.br


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Perfil empreendedor algumas observações.


 
 A experiência e a vivência como consultores no segmento das médias e pequenas empresas há mais de 30 anos nos possibilitou mapear o perfil do bom empreendedor. A reflexão é bastante interessante na medida em que destaca características próprias que tornam o investidor em um gestor de sucesso para o seu negócio, para o mercado e para a economia nacional.

O perfil empreendedor que gera resultados com excelência inicia com a visão de futuro e evolução do negócio. Mais que uma oportunidade de obter lucro, vislumbra-se o envolvimento com o projeto empresarial, colocando em primeiro plano o desenvolvimento e a saúde do mesmo.

Na contramão deste perfil do bom empreendedor, especialmente em uma gestão societária, estão os investimentos rápidos que desfavorecem toda a cultura de uma administração saudável. Visando lucro imediato, comumente tende-se a nivelar da melhor forma a imagem e a posição da empresa sem atentar para a continuidade ou o desenvolvimento sólido da organização.

Ou seja, o bom empreendedor é quem promove todo o emprenho necessário para que a empresa evolua construindo as melhores condições de competitividade, saúde econômico-financeira, a melhor forma de captação e manutenção do capital humano.
É claro que, somado a isso, o empresário procura sempre manter a empresa e seus produtos em um nível de tecnologia e atualidade visando o melhor atendimento do seu mercado consumidor. Assim, a empresa ganha participação, reconhecimento e tradição com retorno natural ao investimento.
Um empreendimento com esse nível de dedicação e atenção tende, sim, a se firmar e evoluir com um enorme poder de competitividade, além de alcançar um patamar que pode provocar a atenção de outros investidores tanto nacionais como internacionais.
Nesse perfil está incluso a cultura da boa gestão, a disciplina orçamentária, a análise econômica de custos e formação de preços, de pesquisa, de atenção e desenvolvimento do marketing, além de manter constante networking com os segmentos relacionados.
Com isso, temos assistido o desenvolvimento de muitas empresas às quais não só apresentam adequadas condições de remuneração dos investimentos como são constantemente assediadas por oportunidades de investidores não sócios.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

Planejando a empresa para 2013.



Estamos no início  de 2013.

O ano de 2012 correu, passou. Entretanto, os nossos desafios como empreendedores continuam e ainda cada vez mais provocadores.

Essa época do ano é sempre recomendável para desenvolvermos uma completa análise do que foi a nossa operação em 2012, como a nossa empresa fechou o 2012 ?

Nossos objetivos e planos foram atingidos e executados na sua totalidade?

O que poderíamos ter feito de forma diferente?

Os resultados da empresa até aqui considerando a projeção para o final do ano podem ser considerados satisfatórios?

Como está a saúde econômico-financeira da nossa empresa?

Estamos adequados em termos de capital humano? E, em termos de participação no mercado como estamos?

Aproveitamos todas as oportunidades que se apresentaram ao longo de 2012?

Agora é a hora de examinarmos com cuidado todos esses aspectos e desenvolver um detalhado e cuidadoso plano para o ano de 2013, que está logo ali adiante!

Será que o regime tributário que vimos adotando é o mais adequado?  E, considerando o nosso planejamento de operações para 2013, ele (regime tributário) continua sendo o indicado?

Se não, qual é o mais adequado? Qual é a consequência dessa opção em termos de fluxo de caixa na nossa empresa?

Com o planejamento de 2013 é possível propormos um volume de negócios maior? Isso significará variação positiva no retorno do nosso investimento? Vai melhorar a remuneração dos sócios?

Essas e outras questões são fundamentais para que possamos a conduzir nossa empresa de forma mais racional na busca da melhor e mais recomendável forma de conduzir nossos negócios.

Agora é a hora do planejamento para 2013!  Vamos tomar por base o que já podemos observar, analisar 2012 e projetar o fechamento do exercício atual. Vamos traçar um plano de operação para 2013.

Depois de estarmos na metade do ano, não vai ser eficiente fazer isso.

E quem não tem plano, mas tem um desempenho bom, reflita: não poderia ter sido melhor?

Exploramos todo o potencial do nosso negócio?

Para corroborar com essas questões aqui propostas fizemos questão de apresentar alguns tópicos constantes do editorial da Revista Veja de 31/10/2012 (pg.12).

Assim, não esqueça que nossos os negócios estão localizados em uma economia que é “classificada como a sexta maior receptora de investimentos estrangeiros do mundo. Com 60 bilhões de dólares estimados para o fim de 2012, e isso faz com que o país fique atrás somente da China, Estados Unidos, Hong Kong, França e Reino Unido”.

“O nosso país tem o agronegócio exportador mais produtivo do mundo, tem minério, petróleo, mais, principalmente, tem um grande mercado interno, que agregou no decorrer da última década 40 milhões de novos e ávidos consumidores”.

Será que estamos considerando esse ambiente para o nosso negócio? Não será interessante estarmos operando com um programa de trabalho que mantenha nossa empresa o mais saudável possível, de forma atrativa até em relação a criar oportunidade de atrair investidores tanto nacionais como internacionais?

Por isso, é que destacamos a conveniência e importância de desenvolvermos o planejamento nesse momento para o ano 2013 e assim elevarmos o poder de competitividade e atração de possíveis investidores.

Porto Alegre, novembro de 2012.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).
www.gerencialconsultoria.com.br