sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Um olhar sobre o nosso potencial empreendedor.


Levando em consideração a situação favorável da economia mundial que assistimos nos últimos anos.  E acompanhando o que vem ocorrendo nos últimos tempos inclusive aqui no Brasil, nos levou a fazer reflexão sobre nosso potencial em termos de empreendedorismo.

De certa forma tem nos preocupado os últimos acontecimentos em nossa economia o que sem dúvida pode afetar o ambiente empreendedor e a atração de investidores.

Para ilustrar o nosso potencial empreendedor estivemos pesquisando e detectamos algumas informações que são interessantes.

I – Nos últimos anos quando assistimos bons ventos no sistema econômico mundial verificamos sinais indicadores muito interessantes. Entre eles está o estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil” (outubro de 2011), feito pelo Sebrae, o qual indica que de cada 100 micro e pequenas empresas (MPEs) abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. Esses dois primeiros anos são os anos mais críticos para uma empresa. A pesquisa do Sebrae sobre a sobrevivência de 73,1% das micro e pequenas empresas se refere àquelas que nasceram em 2006 e estão há pelo menos dois anos completos em atividade, já que as que abriram as portas em 2005 tinham 71,9% de sobrevivência.

A pesquisa aponta, ainda, que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%).

Em comparação com outros países a pesquisa mostra que o desempenho nacional em termos de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%), conforme dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

II – O quadro identificado na pesquisa que mencionamos acima indica o forte potencial empreendedor no Brasil.

III – Veja, por exemplo, o que conseguimos identificar quando visitamos os sítios das juntas comerciais do Paraná e do Rio Grande do Sul, dois estados no que se aproximam em termos de perfil socioeconômico. No primeiro semestre de 2013 no Paraná foram criados 27.124 novos empreendimentos contra 25.427 em igual período de 2012 significando um crescimento de 6,67%.  Enquanto isso, no Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2013 foram criados 50.318 novos empreendimentos enquanto em igual período de 2012 foram criados 46.499 novos empreendimentos significando um crescimento de 8,21%.

IV – Isso mostra que em havendo um ambiente favorável, mais estável e com regras sem grandes alterações os empreendedores aparecem e entram no jogo.
V – Quando esse fato acontece o efeito sob o ponto de vista econômico e social é extremamente positivo, pois é sabido que os pequenos negócios são os que mais empregam, portanto, geram renda.  Acompanhando isso, ocorre um movimento que é muito saudável com a vitalidade de novos empreendimentos inicia-se um ciclo de repercussão positiva nas comunidades, pois cada negócio gera outros.  Pelo lado do governo devemos lembrar que mais negócios significa mais arrecadação aumentando a condição pecuniária de retornar à sociedade com mais serviços.  E assim por diante.

Entretanto, para esse ciclo virtuoso continuar é necessário um ambiente econômico sem tanta turbulência como estamos vivendo atualmente.

Quando assistimos turbulências no ambiente econômico esse naturalmente traz consigo certa insegurança aos empreendedores e, dessa forma, retardam o efeito que tanto desejamos em nosso País.  Ou seja, um ambiente que seja gerador de novos negócios, novas oportunidades de postos de trabalho, de geração de riquezas e consequentemente se fortalecendo o sistema de arrecadação do Estado.

VI – Mas que o empreendedor brasileiro responde isso é verdade, basta atentar para as informações iniciais deste texto a pesquisa do Sebrae e as informações estatísticas que mostram as Juntas Comerciais dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

VII – Nossa esperança é que nosso governo perceba essa situação e adote ações em gestão no sentido enfrentar e contornar o mais rápido possível essa turbulência que estamos assistindo.

Porto Alegre, 30 de agosto de 2013.
Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria, de Porto Alegre (RS).

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