segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira - benefício para o empresário, instrumento não valorizado pelo sistema financeiro.

O Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira - o principal beneficiado é o próprio empresário.

Entre os economistas de mercado aqui no Rio Grande do Sul e, também, em diversas regiões do País muito tem se debatido a respeito dessa importante ferramenta de decisão para a gestão empresarial.

São dois os enfoques que podemos abordar a partir dessas discussões que se chegou a fazer inclusive nos debates feitos no CORECON/RS – Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul e no próprio COFECON – Conselho Federal de Economia.

A primeira abordagem é registrar a queixa de colegas que assistem em muitas ocasiões os agentes financeiros não solicitarem que os processos de apoio financeiro a empreendimentos não sejam acompanhados ou instruídos por “Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira” com a participação de economistas como profissional autor.

Aqui cabe registrar que na maioria dos casos as instituições financeiras agem estritamente como “banqueiros”, ou seja, examinam com ênfase os aspectos convencionais de uma transação de crédito, ou seja, garantias e capacidade de pagamento.  Não chegam a examinar o mérito econômico-financeiro do “projeto” quando deveriam observar as repercussões micro e macroeconômicos, além dos efeitos sociais do empreendimento, fazem a abordagem meramente creditícia e dão ênfase às garantias “reais” da operação.

Entretanto, o que os economistas defendem e alertam aos empresários é que um empreendimento que exige investimento é uma abordagem muito mais ampla, principalmente se encararmos como o aspecto de maior relevância o “interesse e proteção do próprio empresário”.

Se não vejamos, o sucesso e a segurança de um programa de investimentos por parte de uma empresa terá sua chance de sucesso muito ampliada se o empresário se utilizar do valioso instrumento de gestão que é o “Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira”.  Pois só nele todos os aspectos são cuidadosamente detalhados com o propósito de subsidiar e aumentar a segurança da decisão do empresário.

Nele são cuidadosamente analisados os aspectos como – dimensionamento dos mercados comprador e fornecedor, localização estratégica, capacidade a ser instalada em sintonia com o que indica a análise de mercado, tecnologia de produção, a capacidade financeira do empreendedor, a disponibilidade dos fatores de produção, seu custo, sua rentabilidade, sua “real capacidade de pagamento e a necessidade implícita do capital de giro”, além de examinar cuidadosamente o aspecto relativo ao retorno do investimento.

Naturalmente, que estarão inclusos no estudo os aspectos físicos como instalações, equipamentos, seus orçamentos e cronogramas de execução e as condições dos empresários ou empresa em dispor de garantias para a possível operação de apoio financeiro ao empreendimento.

E somos otimistas quanto à utilização dessa ferramenta denominada “Estudo ou Projeto de Viabilidade Econômico-financeira”, pois temos tomado conhecimento de informações divulgadas como, por exemplo, a pesquisa do SEBRAE em que indica que a longevidade da pequena e média empresa se dilatou de 4,3 empresas para cada 10 empresas que nasciam em 2004 para 7,3 em 2006, ano da última observação da pesquisa.  O que significa isso?

Significa que o empreendedor e as pequenas e médias empresas vêm adotando com muito mais intensidade instrumentos profissionais e, portanto, profissionalizando a gestão.  Só assim é possível dispor de uma expectativa maior de sucesso dos novos negócios e dos já em operação.

Aqui no Rio Grande do Sul um fato sempre nos deixa impressionados, trata-se do registro dos novos empreendimentos pela Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, que ate agosto último registrou 69.220 nos negócios registrados.
Assim, mesmo a despeito dos vários obstáculos que o ambiente de negócios ainda mostra em nosso País e particularmente no Rio Grande do Sul é possível tanto ver uma crescente disposição para empreender como um avanço na tendência de utilização de gestão profissional e nisso, sem dúvida, está considerado a importante ferramenta de gestão o “Estudo ou Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira”.

Porto Alegre, 9 de setembro de 2013.

Econ. José Luiz Amaral Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).

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