O Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira - o principal beneficiado
é o próprio empresário.
Entre os economistas de mercado
aqui no Rio Grande do Sul e, também, em diversas regiões do País muito tem se
debatido a respeito dessa importante ferramenta de decisão para a gestão
empresarial.
São dois os enfoques que podemos
abordar a partir dessas discussões que se chegou a fazer inclusive nos debates
feitos no CORECON/RS – Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul e no
próprio COFECON – Conselho Federal de Economia.
A primeira abordagem é registrar
a queixa de colegas que assistem em muitas ocasiões os agentes financeiros não
solicitarem que os processos de apoio financeiro a empreendimentos não sejam
acompanhados ou instruídos por “Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira”
com a participação de economistas como profissional autor.
Aqui cabe registrar que na maioria
dos casos as instituições financeiras agem estritamente como “banqueiros”, ou
seja, examinam com ênfase os aspectos convencionais de uma transação de
crédito, ou seja, garantias e capacidade de pagamento. Não chegam a examinar o mérito
econômico-financeiro do “projeto” quando deveriam observar as repercussões micro
e macroeconômicos, além dos efeitos sociais do empreendimento, fazem a
abordagem meramente creditícia e dão ênfase às garantias “reais” da operação.
Entretanto, o que os economistas
defendem e alertam aos empresários é que um empreendimento que exige investimento
é uma abordagem muito mais ampla, principalmente se encararmos como o aspecto
de maior relevância o “interesse e proteção do próprio empresário”.
Se não vejamos, o sucesso e a
segurança de um programa de investimentos por parte de uma empresa terá sua
chance de sucesso muito ampliada se o empresário se utilizar do valioso
instrumento de gestão que é o “Estudo de Viabilidade
Econômico-Financeira”. Pois só nele
todos os aspectos são cuidadosamente detalhados com o propósito de subsidiar e
aumentar a segurança da decisão do empresário.
Nele são cuidadosamente
analisados os aspectos como – dimensionamento dos mercados comprador e
fornecedor, localização estratégica, capacidade a ser instalada em sintonia com
o que indica a análise de mercado, tecnologia de produção, a capacidade
financeira do empreendedor, a disponibilidade dos fatores de produção, seu
custo, sua rentabilidade, sua “real capacidade de pagamento e a necessidade
implícita do capital de giro”, além de examinar cuidadosamente o aspecto
relativo ao retorno do investimento.
Naturalmente, que estarão
inclusos no estudo os aspectos físicos como instalações, equipamentos, seus
orçamentos e cronogramas de execução e as condições dos empresários ou empresa
em dispor de garantias para a possível operação de apoio financeiro ao
empreendimento.
E somos otimistas quanto à
utilização dessa ferramenta denominada “Estudo
ou Projeto de Viabilidade Econômico-financeira”, pois temos tomado
conhecimento de informações divulgadas como, por exemplo, a pesquisa do SEBRAE
em que indica que a longevidade da pequena e média empresa se dilatou de 4,3
empresas para cada 10 empresas que nasciam em 2004 para 7,3 em 2006, ano da
última observação da pesquisa. O que
significa isso?
Significa que o empreendedor e as
pequenas e médias empresas vêm adotando com muito mais intensidade instrumentos
profissionais e, portanto, profissionalizando a gestão. Só assim é possível dispor de uma expectativa
maior de sucesso dos novos negócios e dos já em operação.
Aqui no Rio Grande do Sul um fato
sempre nos deixa impressionados, trata-se do registro dos novos empreendimentos
pela Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, que ate agosto último
registrou 69.220 nos negócios registrados.
Assim, mesmo a despeito dos
vários obstáculos que o ambiente de negócios ainda mostra em nosso País e
particularmente no Rio Grande do Sul é possível tanto ver uma crescente disposição
para empreender como um avanço na tendência de utilização de gestão
profissional e nisso, sem dúvida, está considerado a importante ferramenta de
gestão o “Estudo ou Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira”.
Porto Alegre, 9 de setembro de
2013.
Econ. José Luiz Amaral
Machado – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS).
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