quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O lado bom da desindustrialização e a forte exigência de qualificar a gestão.


Importante análise feita por Maílson da Nóbrega feita na edição de 22/8/2012 da revista Veja quando aborda o assunto “o lado bom da desindustrialização”.

A diminuição da participação da indústria em todo o mundo aumenta a dos serviços, que é de quase 80% do PIB nos países desenvolvidos. 

No Brasil, os serviços saltaram de 53% do PIB em 1990 para 67% em 2011.

Fala-se em desindustrialização nociva no Brasil, mas vários estudos descartam a ideia. Regis Bonelli e Samuel Pessôa, em artigos publicados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (2010), constatam o declínio da participação da indústria no PIB – de 36% em 1985 para 16% em 2009 -, mas mostraram que se trata de fenômeno mundial.  A nossa participação é que era excessiva, por causa do fechamento da economia.

Recentemente, a indústria nacional tem sofrido perdas alarmantes de competitivade, mas a explicação básica é conhecida: salários acima da produtividade e piora do “custo Brasil” (sistema tributário caótico, legislação trabalhista anacrônica, infraestrutura deteriorada e burocracia excessiva).

A perda da participação da indústria em todo o mundo aumenta, naturalmente, a dos serviços, que é de quase 80% do PIB nos países desenvolvidos.  No Brasil, os serviços saltaram de 53% do PIB em 1990 para 67% do PIB em 2011. Aqui, por nossa conta, destacamos que em serviços estão incluídos os segmentos que envolvem alta tecnologia e valor agregado.

Na matéria, destaca Maílson da Nobrega que mesmo que a indústria continue sendo importante, os serviços assumirão a liderança que a ela pertenceu, na geração de empregos e produtividade, da Revolução Industrial até meados do século XX.  Já é assim na economia americana, conforme provou Erico Moretti, da Universidade da Califórnia em Berkeley, no livro The New Geography of Jobs (2012).  Para ele, a geografia do emprego tem mudado profunda e irreversivelmente nos Estados Unidos.  Os eixos da inovação em serviços são as novas engrenagens da prosperidade. Eles envolvem os setores de alta tecnologia; design e software de produtos como o iPhone e o iPad, tecnologia de informação, ciências médias, robótica, equipamentos médicos, novos materiais e nanotecnologia.  A produtividade cresce nesses setores graças ao avanço tecnológico.

É muito bem destacado na matéria do Maílson, o forte papel e importância e a qualificação da gestão para esses segmentos que aparecem como linhas de frentes na nova realidade econômica mundial.

Nesse sentido queremos reforçar nossas colocações e matérias já desenvolvidas anteriormente com o propósito de alertar e destacar aos empreendedores que atentem para esse aspecto na condução de suas organizações.

Mesmo com o aumento da importância e do crescimento dos negócios situados no setor de serviços e alta tecnologia os mesmos nunca vão poder descuidar da qualidade da sua gestão, o que vai além do aspecto tecnológico do negócio.

Análises, avaliações e exercícios relativos a simulações de reação do negócio frente ao que mostram os cenários para o mesmo com identificação das consequências passam a ter destacada importância para que a organização opere nessa nova realidade.

A Gerencial Auditoria e Consultoria empresa que entre outras áreas de ação tem dado ênfase em apoio à gestão econômico-financeira sente a necessidade de alertar aos empreendedores sobre a importância da qualificação e da profissionalização da gestão das organizações.

Só essa atitude propicia saúde, e condições da empresa atuar em um mundo tão competitivo como o atual.

Econ. José Luiz Amaral Machado
Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS)
www.gerencialconsultoria.com.br

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