Importante análise feita
por Maílson da Nóbrega feita na edição de 22/8/2012 da revista Veja quando
aborda o assunto “o lado bom da desindustrialização”.
A diminuição da
participação da indústria em todo o mundo aumenta a dos serviços, que é de
quase 80% do PIB nos países desenvolvidos.
No Brasil, os serviços
saltaram de 53% do PIB em 1990 para 67% em 2011.
Fala-se em desindustrialização
nociva no Brasil, mas vários estudos descartam a ideia. Regis Bonelli e Samuel
Pessôa, em artigos publicados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getúlio Vargas (2010), constatam o declínio da participação da indústria no PIB
– de 36% em 1985 para 16% em 2009 -, mas mostraram que se trata de fenômeno
mundial. A nossa participação é que era
excessiva, por causa do fechamento da economia.
Recentemente, a indústria nacional
tem sofrido perdas alarmantes de competitivade, mas a explicação básica é
conhecida: salários acima da produtividade e piora do “custo Brasil” (sistema
tributário caótico, legislação trabalhista anacrônica, infraestrutura
deteriorada e burocracia excessiva).
A perda da participação da
indústria em todo o mundo aumenta, naturalmente, a dos serviços, que é de quase
80% do PIB nos países desenvolvidos. No
Brasil, os serviços saltaram de 53% do PIB em 1990 para 67% do PIB em 2011. Aqui,
por nossa conta, destacamos que em serviços estão incluídos os segmentos que
envolvem alta tecnologia e valor agregado.
Na matéria, destaca
Maílson da Nobrega que mesmo que a indústria continue sendo importante, os
serviços assumirão a liderança que a ela pertenceu, na geração de empregos e
produtividade, da Revolução Industrial até meados do século XX. Já é assim na economia americana, conforme
provou Erico Moretti, da Universidade da Califórnia em Berkeley, no livro The New Geography of Jobs (2012). Para ele, a geografia do emprego tem mudado
profunda e irreversivelmente nos Estados Unidos. Os
eixos da inovação em serviços são as novas engrenagens da prosperidade.
Eles envolvem os setores de alta tecnologia; design e software de produtos como
o iPhone e o iPad, tecnologia de informação, ciências médias, robótica,
equipamentos médicos, novos materiais e nanotecnologia. A produtividade cresce nesses setores graças
ao avanço tecnológico.
É muito bem destacado na matéria
do Maílson, o forte papel e importância e a qualificação da gestão para esses
segmentos que aparecem como linhas de frentes na nova realidade econômica
mundial.
Nesse sentido queremos
reforçar nossas colocações e matérias já desenvolvidas anteriormente com o
propósito de alertar e destacar aos empreendedores que atentem para esse
aspecto na condução de suas organizações.
Mesmo com o aumento da
importância e do crescimento dos negócios situados no setor de serviços e alta
tecnologia os mesmos nunca vão poder descuidar da qualidade da sua gestão, o
que vai além do aspecto tecnológico do negócio.
Análises, avaliações e
exercícios relativos a simulações de reação do negócio frente ao que mostram os
cenários para o mesmo com identificação das consequências passam a ter
destacada importância para que a organização opere nessa nova realidade.
A Gerencial Auditoria e Consultoria empresa que entre outras áreas de
ação tem dado ênfase em apoio à gestão econômico-financeira sente a necessidade
de alertar aos empreendedores sobre a importância da qualificação e da
profissionalização da gestão das organizações.
Só essa atitude propicia
saúde, e condições da empresa atuar em um mundo tão competitivo como o atual.
Econ.
José Luiz Amaral Machado
Diretor
da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS)
www.gerencialconsultoria.com.br
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