quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Redução da arrecadação federal é o desafio para a reforma tributária!


Observamos que ontem na mídia circulou a notícia de que o Superávit é o pior desde setembro de 2009.
Em nossa observação isso não vem acontecendo por acaso.
Senão vejamos:
Nossa economia sofreu sim o reflexo do encolhimento de economias parceiras em nível internacional.
Para contornar isso o governo acionou uma série de atitudes como benefícios fiscais e está sendo obrigado sinalizar com investimentos para cumprir seu o como papel de Estado.
Segundo os números divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, o esforço fiscal do mês passado somou R$ 1,256 bilhão. Sendo esse resultado o pior resultado mensal para o mês desde setembro de 2009, quando foi registrado o déficit primário de R$ 7,8 bilhões.
O superávit primário em setembro foi 76,% menor do que o do mesmo mês do ano passado, quando o governo central havia economizado R$ 5,415 bilhões. O resultado só não ficou negativo porque algumas estatais pagaram R$ 3,602 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional.
E, segundo matéria publicada no Jornal do Comércio de Porto Alegre em 30/10/2012 de janeiro a setembro o esforço fiscal soma R$ 54,766 bilhões, 27,3% menos do que os R$ 75,291 bilhões economizados no mesmo período de 2011.
O superávit acumulado está 44% abaixo da meta de R$ 97 bilhões previstos para este ano.
Constatamos, também, na matéria do JC de Porto Alegre de ontem, ainda destaca um dos aspectos mais graves no nosso ponto de vista – “Os gastos federais voltaram a crescer em ritmo maior do que o das receitas”.
No acumulado de 2012, as despesas do governo central ficaram 11,8% mais altas em relação ao mesmo período do ano passado, contra a expansão de apenas 0,8% registrada nos nove primeiros meses de 2011 (ante 2010).  Os gastos de custeio, para a manutenção da máquina pública aceleraram fortemente e subiram 15,2% de janeiro a setembro, contra apenas 4,1%no mesmo período de 2011.
Por outro lado, estivemos assistindo a palestra do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros nessa última segunda feira na FEDERASUL quando o mesmo analisou as perspectivas do cenário da economia brasileira para 2020.
Além da excelente análise destaca um aspecto que é extremamente interessante e que vem ao encontro da matéria abordada acima pelo JC.
Na verdade chama a atenção que a pauta tão badalada nos últimos tempos da “reforma tributária” não deveria ser o centro dos esforços.  Nossa pesada carga tributária atual não é causa em si mesmo, mas sim é a consequência de um Estado pesado e oneroso para a sociedade, e é isso que com coragem devemos enfrentar e tentar sensibilizar a área pública.
Não se conseguirá reduzir a carga tributária enquanto o Estado tiver enorme necessidade de recursos para seu custeio, infelizmente.
Cada um de nós tem o valioso poder de contribuição se passar a chamar a atenção desse aspecto e fazer isso inclusive junto à nossa representação no parlamento, além de utilizar de nossos canais de inserção na sociedade.
Porto Alegre, 31 de outubro de 2012.
Econ. José Luiz Amaral Machado, diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria de Porto Alegre (RS).

Nenhum comentário:

Postar um comentário