quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Até quando Brasil?

Assistimos diariamente noticias de comprometimento da saúde da economia brasileira.

Isso está em toda a mídia, vários são os especialistas que se manifestam sobre o assunto.

Para citar alguns fatos destacamos:

 - Dificuldade na balança comercial; - Acentuada dificuldade do nosso governo em gerenciar a busca de um superávit primário;

 - Juros nas alturas;

 - Inflação em forte tendência em se manter no teto da meta;
 - A evolução da economia medida pelo PIB é extremamente reduzida frente as nossas necessidades, sendo que a própria pesquisa Focus (do BC) desta semana cortou a previsão do PIB brasileiro pela 11ª vez. Pela pesquisa, a mediana das estimativas passou de 0,86% para 0,81%, sendo que as estimativas para 2015 também recuou, de 1,50% para 1,20%;

 - Fortes limitações para continuar procurando a evolução da economia com base no consumo;

 - Fortes indicativos que logo estaremos assistindo a evolução dos preços administrados;

 - Mesmo estando em fase final a definição legal do “Simples Nacional” sistema que se propõe a simplificar o sistema tributário continuamos a conviver com uma burocracia para o empreendedor que é simplesmente maluca, compromete totalmente a competitividade de nossas empresas.

Mesmo assim o sistema de arrecadação continua em velocidade tanto e assim, que a Folha de São Paulo na sua edição de 12/08 informa que os contribuintes já destinaram R$ 1 trilhão aos cofres dos governos federal, estaduais e municipais em 2014. Essa marca foi registrada no dia 12/08 (terça-feira) última, por volta das 11 h, pelo impostômetro, painel eletrônico da Associação Comercial de São Paulo.

 O aumento da carga tributária no país faz com que esse valor seja atingido cada ano mais cedo. A notícia afirma ainda que em 2013, a marca foi atingida em 27 de agosto, portanto, 15 dias mais tarde.

Além dessa forte taxação os diversos segmentos da economia brasileira enfrentam cotidianamente uma série de empecilhos para exercer suas atividades.

São entraves de toda ordem, como extensa burocracia, licenciamentos a perder de vista, regulação conflitante entre as diversas esferas públicas, insegurança jurídica, legislação draconiana, entre outros pontos. O resultado de toda essa delicada situação é que nossas empresas ficam extremamente comprometidas em competitividade tanto no mercado interno como âmbito global.

Infelizmente o que assistimos com esse quadro é que muitas empresas tem sua saúde econômico-financeira comprometida em alguns casos levando-as ao fechamento de suas portas.

Mesmo considerando esse cenário admirarmos o brasileiro que continua mostrando forte aptidão e disposição para empreender.

E, como é sabido o meio empresarial é uma enorme força de promoção de desenvolvimento econômico e social.

É dele que vem uma grande contribuição na geração de empregos, riquezas e arrecadação de impostos.

Mas parece que no Brasil esse segmento no momento não deve ser considerado importante tanto são os fatores que complicam e terminam prejudicando a prosperidade e por consequência o poder de competição das nossas empresas. Isso tudo sem falar que o setor entrando em uma fase de dificuldade todo o esforço de ocupação e/ou geração de empregos acabam sendo prejudicados.

Até quando Brasil, vamos manter esse forte equivoco que acaba prejudicando toda a nossa sociedade.

Porto Alegre, 13 de agosto de 2014.

José Luiz Amaral Machado Economista Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS) www.gerencialconsultoria.com.br

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